sexta-feira, 20 de maio de 2011

MEDITAÇÃO DO ABRAÇO


Quando nos abraçamos, nossos corações se conectam e entendemos que não somos seres
separados. Abraçar em plena consciência pode trazer-nos cura, reconciliação,
entendimento e muita felicidade. A prática da meditação do abraço tem ajudado
muitas pessoas a se reconciliarem – pais e filhos, amigos, casais, etc.


Podemos praticar a meditação do abraço com um amigo, nossa filha, nosso pai,
nosso parceiro ou mesmo com uma árvore. Para praticar, primeiro fazemos uma
reverência com as palmas das mãos unidas, reconhecendo a presença um do outro.
Podemos desfrutar de três respirações profundas em plena consciência, para nos
sentirmos inteiramente presentes, e só então abrimos os braços e nos abraçamos.
Mantemos o abraço por outras três respirações. Na primeira respiração, estamos
conscientes de estarmos presentes naquele exato momento, e sentimo-nos felizes.
Na segunda respiração, estamos conscientes de que a outra pessoa está presente
naquele momento, e sentimos felicidade. Com a terceira respiração, estamos
conscientes de estarmos juntos, aqui e agora neste planeta, e sentimos profunda
gratidão e alegria pela nossa união. Então, podemos gentilmente liberar a outra
pessoa, fazendo uma reverência mútua para demonstrarmos nosso agradecimento.


Quando nos abraçamos dessa maneira, a outra pessoa se torna real,
verdadeiramente viva. Não precisamos esperar até que alguém esteja prestes a
viajar, podemos nos abraçar agora mesmo e receber o calor e a estabilidade do
nosso amigo, neste presente momento. Abraçar pode ser uma prática profunda de
reconciliação. Durante o abraço em silêncio, uma mensagem torna-se bastante
clara: “Querido, querida, você é precioso para mim. Sinto não ter sido bastante
atencioso e compreensivo. Cometi erros. Por favor permita-me começar de novo.
Eu te prometo.”



Mestre

Zen Thich Nhat Hanh