terça-feira, 8 de novembro de 2011

NUNCA PERCAS O SORRISO

Nunca Percas o Sorriso


gato risonho.gif

Para ti feliz de novo canto
Meu amigo, companheiro
De jornadas virtuais no tempo
Sem lamento
Com alegria
Por ter-te encontrado um dia
Lembras-te das brincadeiras
Do esconde-esconde inocente
Das palavras divagantes
Que tivemos
Em instantes
De beleza tão premente
Voamos através de letras
De sonhos, futilidades
Em fortes e densos pensares
Sentidos
Vividos
Plenos de actualidades
Discutimos, concordamos
Sentimentos tão iguais
E falamos, adivinhamos
Dizeres
Fazeres
Sei lá que mais
A distância, o isolamento
Por necessários motivos
Da vida que passa inclemente
Não mudou
Só reforçou
A amizade dos sentidos
Com atenção absorvo escuto
Doces palavras e sigo
Coincidências de nós
Na voz
D’amigo
“Nunca percas o sorriso”

http://brancoepreto.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_11.html

terça-feira, 1 de novembro de 2011


Um pedaço de mim reclama tempo
para viver, outro assume a responsabilidade
e quer apenas trabalhar.
Um pedaço de mim quer viver um grande
amor, e entrega-se sem medidas, o outro tem
medo, já sofreu decepções e por ele,
nunca mais me apaixonaria.

Um pedaço de mim é brincalhão e vive
rindo, outro é triste, tem momentos de puro
isolamento,

Um pedaço de mim quer vencer, é
pura euforia, Outro quer apenas viver, deixar a
vida me levar...

Um pedaço de mim sofre com a dor
dos outros, outro quer que eu cuide apenas das
minhas dores, que não são poucas, já que vivo
em conflito...

Entre o que eu sou e o que eu gostaria
de ser, entre o que tenho e aquilo que gostaria de ter,
e, se um pedaço de mim sente-se satisfeito, o outro grita
por novidades, por consumo, por gente, por beijos
e amores inconstantes.

Nesse turbilhão, acordo todos os dias,
tentando unir esses dois lados que coexistem em
mim, e que por mais diferentes que sejam,
ainda assim, só querem mesmo,
o melhor para mim.

Hoje eu junto o ser e o querer,
o que fui e o que desejo ser, para cumprimentar
a vida, abraçar meus sonhos e pedir passagem
simplesmente para ser feliz.

Paulo Roberto Gaefke


sábado, 22 de outubro de 2011

QUAL A HORA CERTA DE ROMPER OU CONTINUAR UM RELACIONAMENTO?







Não é uma resposta fácil de obter em poucos minutos, isso porque a harmonia nos relacionamentos é algo que viemos aprender a conquistar; em outras palavras, é uma das nossas metas no que tange a missão de cada um nessa existência.

As coisas acontecem das mais diferentes formas entre as pessoas que se amam e se relacionam, mas quando surgem os conflito, é incrível notar que os problemas são sempre os mesmos: cobranças, desafetos, falta de paciência ou tolerância, mágoas, apego, ciúme, controle, egoísmo e por aí vai.

Daí a dificuldade de sabermos se quando uma crise vem é hora de abandonar ou não um relacionamento, porque essas emoções negativas estão sempre envolvidas, e sobre elas, a humanidade ainda não encontrou domínio.

Somos meros iniciantes na arte de conquistar harmonia sobre esses sentimentos tão comuns na vida de qualquer pessoa.

Em outras palavras, podemos ser comparados a crianças inocentes quando o assunto é dominar emoções inferiores.

E essa imaturidade é a causa principal do sofrimento que pode aflorar em qualquer relacionamento...

Independente disso, estamos vivendo, sentindo e mergulhando nas experiências promovidas pelos relacionamentos, o que os qualificam como grandes mestres de nossa evolução, porque sempre que olhamos para o passado, mesmo que encontremos sofrimento, dor, sempre notamos aprendizados na jornada de qualquer pessoa que se envolve em relações, e assim sempre será.

Mas como medir a qualidade de um relacionamento?

Como identificar de forma consciente se um relacionamento é nocivo ou saudável?

Como saber se o passo certo é apostar na relação, perdoar, tolerar, apoiar ou se é abandonar o barco?

Existe uma forma de enxergar tudo isso?

Não podemos dizer que exista uma fórmula mágica e infalível, o que seria um tanto quanto determinista, e quando o determinismo entra, a harmonia foge!

Entretanto existem muitos sinais que podem indicar que você deve praticar o perdão, tolerar e acreditar no relacionamento ou encerrá-lo o quanto antes.

É razoável pensar que duas pessoas só se unem com o propósito de se tornarem melhores juntas, dessa forma, essa união promove um crescimento, uma maior energia, e assim o sucesso acontece, em todos os sentidos.

Quando duas pessoas se aproximam, elas devem manter-se juntas sempre que a evolução for mantida e o amor, o respeito e a força de cada um separadamente, devem crescer!

Esse é um bom indício de que o relacionamento é saudável.

Você deve olhar para o seu relacionamento e se perguntar: Eu estou evoluindo junto com a outra pessoa?

A pessoa está evoluindo comigo?

Nós juntos somos mais fortes do que separados?

Quando estamos próximos, nossa energia positiva aumenta?

Nossa harmonia se fortalece?

Obviamente que se o seu relacionamento for saudável a resposta será SIM!

Mas quando nem um, nem outro crescem na relação, as cobranças surgem e o amor escapa, não há evolução, não há crescimento, portanto a intoxicação acontece.

Da intoxicação pode surgir a obsessão ou seu oposto, a repulsão.

Ambas são terríveis manifestações de desamor.

Quando a crise surge, é sempre importante acreditar na relação, principalmente quando ambos querem fazer o amor prevalecer e quando acreditam que podem mudar e recomeçar, e que isso sinceramente seja um empreendimento de cooperação mútua.

Caso contrário, desista e busque sua luz interior, agora sozinho(a).

Quando a crise vem pelas cobranças, olhe para você e atente para o fato de que o que você realmente quer não está na outra pessoa, mas dentro de você, portanto, não projete na pessoa aquilo que você gostaria que ela fosse para te agradar.

Se você ama uma pessoa simplesmente porque ela lhe faz coisas que você gosta e é isso que mantém o "amor", então, o relacionamento não deverá ser duradouro, porque seu amor é condicional e não incondicional.

No momento que a pessoa parar de fazer o que você gosta, você não terá forças para se reinventar e reconquistar o que você chama de amor.

Portanto, se assim for, você não ama de verdade a pessoa, porque você ama tudo aquilo que ela faz para você, dessa forma você ama a você mesmo, o que podemos chamar de egoísmo, que é a fórmula perfeita para destruir a harmonia de uma relação.

Então, o relacionamento deve acabar quando o amor for condicional  a atos, porque dessa forma as cobranças surgem naturalmente metralhando toda harmonia que ainda reste.

Quando um sofre, está em desequilíbrio, em uma fase ruim, mas não quer a sua ajuda, então dê-lhe a liberdade que é pedida, esse é o momento certo de sair e continuar sua vida sem essa pessoa.

Se você fica, então, aceita a condição de não evoluir, isso é martirizar-se, é uma atitude tóxica para sua alma que almeja evolução.

Jamais se diminua para ser aceito(a).

Outra situação é quando a relação esfria, quando as duas pessoas se desmagnetizam, quando não há nem amor e nem ódio, nesse caso você deve "pular fora", porque assim você já será um(a) caminhante solitário(a) mesmo, então, formalize essa condição e recomece sua vida.

As respostas mais sensatas para a questão são:

-Você deve acreditar em um relacionamento sempre que continuar evoluindo nele.
-Você deverá sair de um relacionamento sempre que ele intoxicar a sua alma ou quando não lhe proporcionar crescimento algum.

Bom senso, amor, respeito e paciência são ingredientes básicos.

Mas, lembre-se, pessoa alguma poderá tampar um buraco emocional dentro da sua alma. Essa tarefa cabe apenas a você, e deve ser feita com muita busca consciencial.

Sempre que você quiser abastecer suas carências na outra pessoa estará condenado(a) a um relacionamento sem harmonia que não promoverá qualquer evolução para a sua alma.

Aposte em você, alimente seu espírito, sua força interior e sua auto-estima e dessa forma você terá grandes chances de ser muito feliz em um relacionamento.





por Bruno J. Gimenes

http://saintgermanchamavioleta.blogspot.com/2011/04/qual-e-hora-certa-de-romper-ou.html

DEIXAR DE EXISTIR E VIVER!

Os meus olhos são nítidos como um girassol! (Alberto Caeiro)



Sei lá, que coisa complicada essa falta de tesão pela vida, eu acho que o que estou fazendo não bem viver.
É, eu estou existindo muito! E quem existe deixa os momentos determinarem o que é,  consequentemente o foi, e se não houver mudança, obviamente o que será.


Ah... Pára tudo, que eu não quero mais existir!
Agora eu quero viver!

Se a Vida é esta comigo, decidi que não vou perder meu momento de prazer ao lado dela. Seremos agora uma dupla dinâmica!
Bem, já que a Vida me deixou como Rainha do seu castelo maravilhoso; Eis o meu primeiro e único decreto de proibição:
Decreto que absolutamente nada, vai me fazer perder meu Humor, ele pode mudar, ficar mais doce ou mais acido, todavia,é terminantemente PROIBIDO que ele me deixe, em momento algum .
É claro que vou chorar, mesmo que não adiante nada, eu farei porque tenho direito e esta na minha vez, dá licença!
Mas, o Sorriso será como o sol, mesmo com os dias nublados, ele estará lá iluminando a meu caminho. Leve em conta, que sou eu quem manda, então a seguirei num constante verão nordestino, em 360 dias com sol de estalar mamona.
No meu castelo da minha Vida só estarão aqueles que realmente querem ficar, então, todos os que estão por quaisquer motivos, que NÃO seja por livre espontânea vontade, peguem seus pertences e tchau!
Assim como, a porta esta aberta a todos que quiserem adentrar!
Quanto as Finanças:
Contabilizarei os ganhos.
As perdas, bem nessas eu penso depois...
A Esperança se casará com o meu Humor!
Entrei em acordo de paz com o Medo, ele permanecerá, desde que seja para me proteger!
Nem preciso dizer que o morador ilustre da casa é o Amor, ele é único que pode tudo, e ninguém ouse discordar.
E enquanto a Vida estiver comigo seguiremos felizes!


AMOR, ALIMENTO DAS ALMAS



O maior sustentáculo da criatura é justamente o Amor.

A alma, em si, apenas se nutre de amor!

O amor divino é o cibo do universo!

Tudo se equilibra no amor divino de Deus.

Toda a estabilidade da alegria é problema de alimentação puramente espiritual.

Nas diversas esferas da vida, todo sistema de alimentação tem no amor a base profunda.

Todos nos movemos no amor e sem ele não teríamos existência.

Quanto mais nos elevarmos no plano evolutivo da Criação,

mais extensamente conheceremos esta grande verdade: o Amor!

O sexo é manifestação sagrada desse amor universal e divino,

mas é apenas uma expressão isolada do potencial divino.

O amor é o pão divino das almas, o pábulo sublime dos corações.

André Luiz

(Psicografado por Francisco C. Xavier)

APRENDI

Aprendi...



“ Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém.

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e Ter paciência, para que a vida faça o resto.

Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.



Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.

Eu aprendi...Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.

Que por mais que se corte uma pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.

Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência.

Mas, aprendi também que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.

Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.

Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sente.

Aprendi que perdoar exige muita prática.

Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.

Aprendi... Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.

Aprendi que posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.

Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.

Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, e que eu tenho que me acostumar com isso.

Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.

Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto;

Aprendi que numa briga preciso escolher de que lado eu estou, mesmo quando não quero me envolver.

Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.

Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.

Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.

Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.

E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.

Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.

Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.”





Charles Chaplin

QUEM MORRE?







Morre lentamente

Quem não viaja,

Quem não lê,

Quem não ouve música,

Quem não encontra graça em si mesmo



Morre lentamente

Quem destrói seu amor próprio,

Quem não se deixa ajudar.



Morre lentamente

Quem se transforma em escravo do hábito

Repetindo todos os dias os mesmos trajeto,

Quem não muda de marca,

Não se arrisca a vestir uma nova cor ou

Não conversa com quem não conhece.



Morre lentamente

Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos

Olhos e os corações aos tropeços.



Morre lentamente

Quem não vira a mesa quando está infeliz

Com o seu trabalho, ou amor,

Quem não arrisca o certo pelo incerto

Para ir atrás de um sonho,

Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos...



Viva hoje !

Arrisque hoje !

Faça hoje !

Não se deixe morrer lentamente !

NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ






Martha Medeiros


A PARTIR DE HOJE...



ENTARDECER DE SONHOS


"Entardecer de sonhos"

No entardecer de meus sonhos, encontrei-te
Escondida entre nuvens e canções,
Dormias sobre plumas, flores e cores
Beijavam-te borboletas e colibris.
Acheguei-me a teu arfar.
Roubar-te um só beijo! Não!
Apenas retratei teu semblante
em pinturas mágicas.
Me contive!
Agora, guardo comigo teu retrato,
nas asas de cada borboleta.
E teu beijo parado no ar,
nas multicores de cada beija-flor!
(Jaak Bosmans)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

VIVER COMO AS FLORES - PARÁBOLA




Viver como as Flores - Parábola
- Mestre, como faço para não me aborrecer?
- Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes.
- Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas.
- Sofro com as que caluniam.
- Pois viva como as flores! Advertiu o mestre.
- Como é viver como as flores? Perguntou o discípulo.
- Repare nestas flores, continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim.
- Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas.
- Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.
- É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem.
- Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento.
- Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora.
-Isso é “VIVER COMO AS FLORES”.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

AME E MANIFESTE ESE AMOR






Monja Coen




Pense em alguém que você gosta muito.


Do passado, do presente ou do futuro.


Pode ser um bichinho, um brinquedo, uma pessoa, uma criança, uma situação agradável.


Pense e sinta.


Sinta esse amor, agora, aqui, em você.


Conecte-se com esse amor que habita em você.


Comece a incluir nessa amorosidade todas as pessoas que estão próximas a você.


Vá expandindo sua capacidade de amar.


Inclua todas as pessoas que você conhece.


Agora inclua as que você não conhece.


Inclua pessoas próximas e distantes.


Inclua pessoas que você jamais viu.


Os povos africanos, asiáticos, australianos...


Os povos e tribos de toda a terra.


Inclua em seu amor todo o planeta, com árvores e insetos, flores e pássaros.


Mares, rios e oceanos.


Inclua a vegetação da Amazônia e da Patagônia.


Inclua o Mar Morto e o Deserto do Saara...


Não deixe o Pequeno Príncipe de fora.


Inclua os Lusíadas, a Odisséia, Kojiki...


Inclua toda a literatura mundial, um pouco de Machado de Assis, Eça de Queiroz, Shakespeare, um tanto de Saragosa , uma gota de Jorge Amado, banhado por Herman Hesse e Amon Oz...


Inclua todas as religiões.


Como se não houvesse dentro nem fora.


Imagine como John Lennon, que o mundo é um só.


O mundo é único.


O mundo, o universo, o pluriverso é um só.


Nós somos unas e unos com o Uno.


Perceba.


Isto que digo é a verdade.


E só há esse caminho.


Inúmeras analogias, linguagens éticas, expressões regionais e temporais para tentar atingir o atemporal, o fluir incessante, incandescente, brilhante, da vida em movimento, o transformador.


Somos a vida da Terra.


Somos a vida do Universo.


Somos a vida do Multiverso.


E quando nossos pequeninos corações humanos se tornam capazes de ir além deste saquinho de pele que chamamos o eu, então contatamos com a essência da vida.


Que é a nossa própria essência


E de tudo que é, assim como é.


Algum nome?


Nenhum nome?


Caminhemos.


Tornemo-nos o caminho a cada passo.


Que cada passo seja um passo de paz.


Que todo ano se abra com a abertura dos corações-mentes de todos nós seres humanos.


Abertura para o infinito.


Abertura para a imensidão.


Abertura para a ternura.


Abertura para a sabedoria.


Abertura para compaixão.


Que todos os seres em todas as esferas e todos os tempos se beneficiem com esse amor imenso que, aqui e agora, juntas e juntos, nos tornamos.


E ao nos tornarmos Amor tudo se torna vida e vida em abundância.


Ame e manifeste esse amor agora.


http://saintgermanchamavioleta.blogspot.com/

EU, MODO DE USAR

 
Eu,
modo de usar:

pode invadir ou chegar com delicadeza mas não tão devagar que me faça dormir
não grite comigo que tenho o péssimo hábito de revidar
acordo pela manhã com ótimo humor mas permita que eu escove os dentes primeiro
toque muito em mim, principalmente nos cabelos
e minta sobre a minha nocauteante beleza
tenha vida própria, me faça sentir saudades
conte umas coisas que me façam rir
mas não conte piadas
nem seja preconceituoso, não perca tempo
cultivando esse tipo de herança dos seus pais 
viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim
para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude
eu saio em conta, você não gastará muito comigo
acredite nas verdades que digo e nas mentiras
elas serão raras e sempre por uma boa causa
respeite meu choro, me deixe sozinha
só volte quando eu chamar, e não me obedeça sempre
que eu também gosto de ser contrariada
(então fique comigo quando eu chorar, combinado)
seja mais forte que eu e menos altruísta
não se vista tão bem, gosto de camisas pra fora da calça
gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço
reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto
boca, cabelo, os pelos no peito e um joelho esfolado
você tem que se esfolar às vezes, mesmo na sua idade
leia, escolha seus próprios livros, releia-os
odeie a vida doméstica e os agitos noturnos
seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate
que isso é coisa de gente triste
não seja escravo da televisão, nem xiíta contra
nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai
invente um papel pra você que ainda não tenha sido
preenchido e o inverta às vezes, me enlouqueça uma vez por mês
mas me faça uma louca boa, uma louca que ache graça
e tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca
goste de música e de sexo, goste de um esporte não muito banal
não invente de querer muitos filhos, me carregar pra missa
apresentar sua família, isso a gente vê depois, se calhar
http://www.amordealmas.com/

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

IMAGINA UMA MULHER...



Imagina uma mulher que acredita que é certo e bom ter nascido mulher.
Uma mulher que honra a sua experiência e conta as suas histórias.
Que se recusa a carregar os pecados dos outros no seu corpo e vida.

Imagina uma mulher que confia nela própria e se respeita.
Uma mulher que escuta as suas necessidades e desejos.
Que vai ao seu encontro com ternura e graça.

Imagina uma mulher que reconhece a influência do passado no presente.
Uma mulher que caminhou através do seu passado.
Que se curou ao entrar no presente.

Imagina uma mulher autora da sua própria vida.
Uma mulher que age, toma iniciativa e se move pelos seus próprios meios.
Que se recusa a render, senão ao seu verdadeiro ser e à sua voz mais sábia.

Imagina uma mulher que nomeia os seus próprios deuses.
Uma mulher que imagina o divino à sua imagem e semelhança.
Que desenha uma espiritualidade pessoal para reger a sua vida diária.

Imagina uma mulher apaixonada pelo seu próprio corpo.
Uma mulher que acredita que o seu corpo lhe basta, assim como está.
Que celebra os seus ritmos e ciclos como um recurso admirável.

Imagina uma mulher que honra o corpo da Deusa no seu corpo em mudança.
Uma mulher que celebra a acumulação dos seus anos e da sua sabedoria.
Que se recusa a usar a sua energia vital a disfarçar as mudanças no seu corpo e na sua vida.

Imagina uma mulher que valoriza as mulheres na sua vida.
Uma mulher que se senta em círculos de mulheres.
E que é recordada da verdade sobre si própria quando dela se esquece.

Imagina-te a ti como esta Mulher...


(“Imagine a Woman” © Patricia Lynn Reilly, 1995

http://portalclaudia.blogspot.com/

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A FITA MÉTRICA DO AMOR




Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.


Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.


Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.


Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.


É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.


Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

Martha Medeiros

CIGANA

cigana2
Cigana
Com o olhar voltado ao místico,
Navega os olhos nas linhas da palma...
A alma untada de doce calma, 
Desbrava o futuro no banco rústico!
Laça o perfume do incenso mágico,
Fina fumaça que aponta o caminho...
Espírito guia o pássaro até o ninho
E, decifra o sopro do vento trágico!
Assim és tu, olhos riscados de preto,
Assim és tu, nos coloridos panos leves,
Tu que andas por caminho estreito! 
Tu que, com sabedoria, não engana...
Tu és de belos pensamentos livres!
És tu quem lê mãos na praça, Cigana!
(Pergentino Júnior)

sábado, 23 de julho de 2011

O MEU CANTAR



O MEU CANTAR

Minha voz que canta
Minha voz que fala
É a canção
que te faz sonhar


A brisa leve que leva
Ao teu ouvido
o meu falar
É a melodia
a te hipnotizar


O meu falar que canta
Suave a bailar
pelo céu além do mar.
É o meu desejo a te tocar
E o meu beijo a te beijar

O meu falar que canta pelo ar no universo vem se juntar a canção, o amor, o poetar... para o teu coração acalmar e o teu sono ninar. Além do horizonte, anda o meu falar Levo-te meu canto, Anjo Azul do mar para te encantar e todo meu amor te dar! (Flor de Esperança)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A ARTE DE ESTAR COM OUTRO




A arte de estar com o outro

Amor significa a arte de estar com os outros. Meditação significa
a arte de estar consigo mesmo. São dois aspectos da mesma moeda. Uma pessoa que
não sabe como estar com ela mesma verdadeiramente não pode relacionar-se com os
outros. O relacionamento dela será inconveniente, sem graça, feio, fortuito e
acidental. Num momento tudo está indo bem e noutro momento tudo se foi. Ele
estará sempre indo para cima e para baixo; nunca ganhará profundidade. Será
muito ruidoso. Certamente ele lhe dará uma ocupação, mas não terá nenhuma
melodia nele, nem lhe alçará até as alturas da existência ou até as profundezas
do ser. E vice-versa: a pessoa que não é capaz de estar com os outros, de
relacionar-se, achará muito difícil relacionar-se consigo mesma, porque a arte
de relacionar-se é a mesma. Seja relacionar-se com os outros ou consigo mesmo,
não faz muita diferença: é a mesma arte.


Essas artes têm que ser aprendidas juntas,
simultaneamente; elas são inseparáveis. Esteja com as pessoas, não
inconscientemente, mas bem conscientemente. Relacione-se com as pessoas como se
você estivesse cantando uma canção, como se você estivesse tocando numa flauta;
cada pessoa precisa ser pensada como um instrumento musical. Respeite-as,
ame-as e adore-as, porque cada pessoa é uma face oculta do divino.


Portanto
seja bem cuidadoso, bem atento. Lembre-se do que você está dizendo; lembre-se
do que você está fazendo. Pequenas coisas bastam para destruir relacionamentos,
e pequenas coisas tornam relacionamentos tão belos. Às vezes basta um sorriso,
e o coração do outro se abre para você; às vezes basta um olhar errado em seus
olhos, e o outro se fecha - é um fenômeno delicado. Pense nisso como uma arte:
assim como o pintor é muito vigilante do que ele está fazendo na tela, cada
simples traço irá fazer muita diferença. Um pintor verdadeiro pode mudar toda a
pintura apenas com um simples traço.


A vida tem que ser aprendida como uma arte: muito cuidadosamente, bem
deliberadamente. Assim, o relacionamento com os outros precisa se tornar um
espelho: veja o que você está fazendo, como você está fazendo isso e o que está
acontecendo. Que está acontecendo ao outro? Você está tornando a vida dele mais
miserável? Você está provocando sofrimento nele? Você está criando um inferno
para ele? Então retire-se. Mude suas maneiras. Embeleze a vida ao seu redor.
Deixe que cada pessoa sinta que o encontro com você é uma dádiva: apenas por
estar com você algo começa a fluir, a crescer, algumas canções começam a surgir
no coração, algumas flores começam a se abrir. E quando você estiver sozinho,
então sente-se totalmente em silêncio, absolutamente em silêncio, e observe a
si mesmo. Assim como o pássaro tem duas asas, deixe amor e meditação serem suas
duas asas. Crie uma sincronicidade entre eles, assim eles não estarão de
maneira alguma em conflito um com o outro, mas cuidando um do outro,
alimentando um ao outro, auxiliando um ao outro. Esse vai ser o seu caminho: a
síntese entre amor e meditação.


Osho: The Rainbow Bridge, Pag.24

domingo, 10 de julho de 2011

DESEJO


Pintura rajastani de Sri Radharani, consorte de Krishna (deus hindu do amor). "Seu amor por Krishna é considerado inimaginável, ilimitado e incomparável. Sua beleza é descrita como superior a de milhões de cupidos" (Wikipedia).

"Desejo dizer-lhe as palavras mais profundas, mas não me atrevo, porque temo sua gozação. Por isso acho graça de mim mesmo e transformo em brincadeira meu segredo.

Duvido de minha angústia, para que você não duvide.

Desejo dizer-lhe as palavras mais sinceras, mas não me atrevo, porque temo que não acredite. Por isso as disfarço de mentiras e digo o contrário do que penso.

Me esforço para que minha angústia não pareça absurda para que você não ache que é.

Desejo dizer-lhe as palavras mais valiosas, mas não me atrevo, porque temo não ser correspondido. Por isso me declaro duramente e me orgulho de minha insensibilidade.

Desejo sentar-me silenciosamente a seu lado, mas não me atrevo, porque temo que meus lábios traiam meu coração. Por isso falo disparatadamente, escondendo meu coração atrás das minhas palavras.

Trato a mim mesmo com dureza, para que você não o faça.
Desejo separar-me de você, mas não me atrevo, porque temo que descubra minha covardia. Por isso levanto a cabeça e fico perto de você com ar indiferente.

A constante provocação de nossos olhares remove minha angústia sem piedade."

(Desejo, de Rabindranath Tagore)
 
http://nuaecruablog.blogspot.com/

quarta-feira, 22 de junho de 2011

COMO SABER QUANDO ALGUÉM NÃO ESTÁ A FIM DE VOCÊ!



Bem, de verdade mesmo, quando o intuito é saber o que uma pessoa está sentindo, o modo mais seguro e simples seria o óbvio ululante: perguntando para ela! Entretanto, considerando que nem todos conseguem ser tão diretos e sinceros – seja para perguntar ou para responder – especialmente quando o assunto é sentimento ou desejo, esta pode não ser a forma mais eficiente. Sim, é difícil ser óbvio, na maioria das vezes. E talvez seja por isso que os relacionamentos nos desafiem tanto!


Portanto, se você não pretende perguntar, ou ainda, se já perguntou, mas a resposta obtida não te convenceu, sugiro que lance mão de duas ferramentas próprias também bastante eficientes: a observação e a intuição.


A observação servirá para você diferenciar as atitudes de quem está a fim e de quem não está, seja de você ou de qualquer outra pessoa. E a intuição servirá para você se dar conta do que acontece ao seu redor e que nem sempre é tão evidente. A intuição é uma espécie de linguagem do coração: nos dá respostas que as palavras, muitas vezes, não conseguem.


Entretanto, penso que mais fácil do que identificar as ações de alguém que não está a fim de você, seja constatar as ações de quem está a fim. Lembre-se de que gostar de alguém não tem a ver somente com palavras, mas principalmente com atitudes. Afinal, não basta sentir, é preciso agir de modo coerente com tais sentimentos. Então, fique de olho nessas dicas de como se comporta alguém que está a fim de você:


- Quem está a fim, demonstra interesse, quer saber da sua vida, do seu dia, dos seus planos e desejos.
- Quem está a fim, quer te ver, quer marcar um café, um cinema, uma balada ou um simples “esbarrão” onde seus caminhos se cruzam...
- Quem está a fim, liga, manda mensagem, torpedo, carta, sinal de fumaça, qualquer coisa... mas não desaparece!
- Quem está a fim, cumpre o que promete. E quando não pode cumprir, se justifica, se explica, pede desculpas.
- Quem está a fim, não vive inventando desculpas duvidosas ou esfarrapadas para os recorrentes sumiços ou “furos”.
- Quem está a fim, sente saudades, reclama sua ausência, esforça-se para viabilizar um encontro, nem que tenha de fazer parecer mera “coincidência”.
- Quem está a fim, dá um jeito de descobrir do que você gosta, porque o que mais quer é te agradar, surpreender, conquistar, seduzir...
- Quem está a fim, não vai embora só porque vocês discutiram, não desiste de você depois do primeiro obstáculo. Quem está a fim, persiste, insiste, tenta até o fim...


E por essas e outras, você já pode ter uma noção da diferença entre quem quer e quem não quer estar com você. Eu sei que quando a gente está a fim, quer dar mais uma chance, tentar conquistar, tentar mudar o panorama desfavorável. Ok! Não há nada de errado nisso! No entanto, fique atento para não extrapolar seu próprio limite.


Se o outro insiste em dizer ou demonstrar que não quer, que não é a melhor hora, o ideal mesmo, para não se machucar e detonar a sua auto-estima, é amargar alguns dias de rejeição e, em seguida, partir pra outra. Bola pra frente. Não vale a pena ficar investindo toda sua energia numa pessoa que já deixou claro que não tem espaço para você na vida dela.


E tome bastante cuidado principalmente com aqueles que adoram levar o outro “em banho-maria”. Num dia, são românticos, carinhosos, queridos, apaixonados. No outro, desaparecem ou são grosseiros, frios e te tratam como se você fosse um intruso, insistente e chato. Fuja desse tipo de gente, porque são sinônimos de sofrimento intenso. São enlouquecedores!


Muito pior do que um claro “não”, é um constante “sim-não-sim-não-sim...”. Isso, ninguém merece! É jogo sujo, golpe baixo, covardia...


Dra Rosana Braga
consultora do site de relacionamento Par Perfeito

AS BORBOLETAS



Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.



As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.



Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.



As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.



Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, NÃO PRECISAR DELA. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.



Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.



O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.



No final das contas...

VOCÊ VAI ACHAR NÃO QUEM ESTAVA PROCURANDO

MAS QUEM ESTAVA PROCURANDO VOCÊ!








Mario Quintana

AMOR, ALIMENTO DAS ALMAS



O maior sustentáculo da criatura é justamente o Amor.

A alma, em si, apenas se nutre de amor!

O amor divino é o cibo do universo!

Tudo se equilibra no amor divino de Deus.

Toda a estabilidade da alegria é problema de alimentação puramente espiritual.

Nas diversas esferas da vida, todo sistema de alimentação tem no amor a base profunda.

Todos nos movemos no amor e sem ele não teríamos existência.

Quanto mais nos elevarmos no plano evolutivo da Criação,

mais extensamente conheceremos esta grande verdade: o Amor!

O sexo é manifestação sagrada desse amor universal e divino,

mas é apenas uma expressão isolada do potencial divino.

O amor é o pão divino das almas, o pábulo sublime dos corações.





André Luiz

(Psicografado por Francisco C. Xavier)

QUAL A HORA CERTA DE ROMPER OU CONTINUAR UM RELACIONAMENTO?







Não é uma resposta fácil de obter em poucos minutos, isso porque a harmonia nos relacionamentos é algo que viemos aprender a conquistar; em outras palavras, é uma das nossas metas no que tange a missão de cada um nessa existência.





As coisas acontecem das mais diferentes formas entre as pessoas que se amam e se relacionam, mas quando surgem os conflito, é incrível notar que os problemas são sempre os mesmos: cobranças, desafetos, falta de paciência ou tolerância, mágoas, apego, ciúme, controle, egoísmo e por aí vai.





Daí a dificuldade de sabermos se quando uma crise vem é hora de abandonar ou não um relacionamento, porque essas emoções negativas estão sempre envolvidas, e sobre elas, a humanidade ainda não encontrou domínio.





Somos meros iniciantes na arte de conquistar harmonia sobre esses sentimentos tão comuns na vida de qualquer pessoa.





Em outras palavras, podemos ser comparados a crianças inocentes quando o assunto é dominar emoções inferiores.





E essa imaturidade é a causa principal do sofrimento que pode aflorar em qualquer relacionamento...





Independente disso, estamos vivendo, sentindo e mergulhando nas experiências promovidas pelos relacionamentos, o que os qualificam como grandes mestres de nossa evolução, porque sempre que olhamos para o passado, mesmo que encontremos sofrimento, dor, sempre notamos aprendizados na jornada de qualquer pessoa que se envolve em relações, e assim sempre será.





Mas como medir a qualidade de um relacionamento?





Como identificar de forma consciente se um relacionamento é nocivo ou saudável?





Como saber se o passo certo é apostar na relação, perdoar, tolerar, apoiar ou se é abandonar o barco?

Existe uma forma de enxergar tudo isso?





Não podemos dizer que exista uma fórmula mágica e infalível, o que seria um tanto quanto determinista, e quando o determinismo entra, a harmonia foge!





Entretanto existem muitos sinais que podem indicar que você deve praticar o perdão, tolerar e acreditar no relacionamento ou encerrá-lo o quanto antes.





É razoável pensar que duas pessoas só se unem com o propósito de se tornarem melhores juntas, dessa forma, essa união promove um crescimento, uma maior energia, e assim o sucesso acontece, em todos os sentidos.





Quando duas pessoas se aproximam, elas devem manter-se juntas sempre que a evolução for mantida e o amor, o respeito e a força de cada um separadamente, devem crescer!

Esse é um bom indício de que o relacionamento é saudável.





Você deve olhar para o seu relacionamento e se perguntar: Eu estou evoluindo junto com a outra pessoa?

A pessoa está evoluindo comigo?

Nós juntos somos mais fortes do que separados?

Quando estamos próximos, nossa energia positiva aumenta?

Nossa harmonia se fortalece?





Obviamente que se o seu relacionamento for saudável a resposta será SIM!





Mas quando nem um, nem outro crescem na relação, as cobranças surgem e o amor escapa, não há evolução, não há crescimento, portanto a intoxicação acontece.





Da intoxicação pode surgir a obsessão ou seu oposto, a repulsão.





Ambas são terríveis manifestações de desamor.





Quando a crise surge, é sempre importante acreditar na relação, principalmente quando ambos querem fazer o amor prevalecer e quando acreditam que podem mudar e recomeçar, e que isso sinceramente seja um empreendimento de cooperação mútua.





Caso contrário, desista e busque sua luz interior, agora sozinho(a).





Quando a crise vem pelas cobranças, olhe para você e atente para o fato de que o que você realmente quer não está na outra pessoa, mas dentro de você, portanto, não projete na pessoa aquilo que você gostaria que ela fosse para te agradar.





Se você ama uma pessoa simplesmente porque ela lhe faz coisas que você gosta e é isso que mantém o "amor", então, o relacionamento não deverá ser duradouro, porque seu amor é condicional e não incondicional.





No momento que a pessoa parar de fazer o que você gosta, você não terá forças para se reinventar e reconquistar o que você chama de amor.





Portanto, se assim for, você não ama de verdade a pessoa, porque você ama tudo aquilo que ela faz para você, dessa forma você ama a você mesmo, o que podemos chamar de egoísmo, que é a fórmula perfeita para destruir a harmonia de uma relação.





Então, o relacionamento deve acabar quando o amor for condicional a atos, porque dessa forma as cobranças surgem naturalmente metralhando toda harmonia que ainda reste.





Quando um sofre, está em desequilíbrio, em uma fase ruim, mas não quer a sua ajuda, então dê-lhe a liberdade que é pedida, esse é o momento certo de sair e continuar sua vida sem essa pessoa.





Se você fica, então, aceita a condição de não evoluir, isso é martirizar-se, é uma atitude tóxica para sua alma que almeja evolução.





Jamais se diminua para ser aceito(a).





Outra situação é quando a relação esfria, quando as duas pessoas se desmagnetizam, quando não há nem amor e nem ódio, nesse caso você deve "pular fora", porque assim você já será um(a) caminhante solitário(a) mesmo, então, formalize essa condição e recomece sua vida.





As respostas mais sensatas para a questão são:

-Você deve acreditar em um relacionamento sempre que continuar evoluindo nele.

-Você deverá sair de um relacionamento sempre que ele intoxicar a sua alma ou quando não lhe proporcionar crescimento algum.





Bom senso, amor, respeito e paciência são ingredientes básicos.





Mas, lembre-se, pessoa alguma poderá tampar um buraco emocional dentro da sua alma. Essa tarefa cabe apenas a você, e deve ser feita com muita busca consciencial.





Sempre que você quiser abastecer suas carências na outra pessoa estará condenado(a) a um relacionamento sem harmonia que não promoverá qualquer evolução para a sua alma.





Aposte em você, alimente seu espírito, sua força interior e sua auto-estima e dessa forma você terá grandes chances de ser muito feliz em um relacionamento.













por Bruno J. Gimenes

http://saintgermanchamavioleta.blogspot.com/2011/04/qual-e-hora-certa-de-romper-ou.html

quarta-feira, 1 de junho de 2011

SAUDADE



Saudade


Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...


Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...


Saudade é sentir que existe o que não existe mais...


Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...


Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.


E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.


O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.


Pablo Neruda

sexta-feira, 20 de maio de 2011

MEDITAÇÃO DO ABRAÇO


Quando nos abraçamos, nossos corações se conectam e entendemos que não somos seres
separados. Abraçar em plena consciência pode trazer-nos cura, reconciliação,
entendimento e muita felicidade. A prática da meditação do abraço tem ajudado
muitas pessoas a se reconciliarem – pais e filhos, amigos, casais, etc.


Podemos praticar a meditação do abraço com um amigo, nossa filha, nosso pai,
nosso parceiro ou mesmo com uma árvore. Para praticar, primeiro fazemos uma
reverência com as palmas das mãos unidas, reconhecendo a presença um do outro.
Podemos desfrutar de três respirações profundas em plena consciência, para nos
sentirmos inteiramente presentes, e só então abrimos os braços e nos abraçamos.
Mantemos o abraço por outras três respirações. Na primeira respiração, estamos
conscientes de estarmos presentes naquele exato momento, e sentimo-nos felizes.
Na segunda respiração, estamos conscientes de que a outra pessoa está presente
naquele momento, e sentimos felicidade. Com a terceira respiração, estamos
conscientes de estarmos juntos, aqui e agora neste planeta, e sentimos profunda
gratidão e alegria pela nossa união. Então, podemos gentilmente liberar a outra
pessoa, fazendo uma reverência mútua para demonstrarmos nosso agradecimento.


Quando nos abraçamos dessa maneira, a outra pessoa se torna real,
verdadeiramente viva. Não precisamos esperar até que alguém esteja prestes a
viajar, podemos nos abraçar agora mesmo e receber o calor e a estabilidade do
nosso amigo, neste presente momento. Abraçar pode ser uma prática profunda de
reconciliação. Durante o abraço em silêncio, uma mensagem torna-se bastante
clara: “Querido, querida, você é precioso para mim. Sinto não ter sido bastante
atencioso e compreensivo. Cometi erros. Por favor permita-me começar de novo.
Eu te prometo.”



Mestre

Zen Thich Nhat Hanh

quinta-feira, 19 de maio de 2011

DEUSA ISIS


ÍSIS, DO MITO À HISTÓRIA


No começo só existia o grande, imóvel e infinito mar universal, sem vida e em absoluto silêncio. Não havia nem alturas, nem abismos, nem princípio, nem fim, nem leste, nem oeste, nem norte e nem sul. Das primeiras sombras se desprenderam as trevas e apareceu o caos. Desse ilimitado e sombrio universo surgiu a vida e, com ela, a estirpe dos Deuses.


Conta a mitologia solar que o criador de tudo foi Atum, o Pai dos Pais. A partir do momento que Atum toma consciência de si mesmo, ele tornou-se Rá.
Em sua infinita sabedoria, o Deus consciente, desejou e materializou uma separação entre si mesmo e as águas primordiais, desejando emergir a primeira terra seca em forma de colina a que os egípcios chamaram a "colina benben".


Então Atum criou os outros Deuses. Recolheu seu próprio sêmen na mão, e engolindo-o se fecundou a si mesmo. Vomitou, dando vida a Shu e Tefnut, o ar seco e o ar úmido.


ÍSIS, DO MITO À HISTÓRIA


No começo só existia o grande, imóvel e infinito mar universal, sem vida e em absoluto silêncio. Não havia nem alturas, nem abismos, nem princípio, nem fim, nem leste, nem oeste, nem norte e nem sul. Das primeiras sombras se desprenderam as trevas e apareceu o caos. Desse ilimitado e sombrio universo surgiu a vida e, com ela, a estirpe dos Deuses.


Conta a mitologia solar que o criador de tudo foi Atum, o Pai dos Pais. A partir do momento que Atum toma consciência de si mesmo, ele tornou-se Rá.
Em sua infinita sabedoria, o Deus consciente, desejou e materializou uma separação entre si mesmo e as águas primordiais, desejando emergir a primeira terra seca em forma de colina a que os egípcios chamaram a "colina benben".


Então Atum criou os outros Deuses. Recolheu seu próprio sêmen na mão, e engolindo-o se fecundou a si mesmo. Vomitou, dando vida a Shu e Tefnut, o ar seco e o ar úmido.


ÍSIS E O NOME SECRETO DE RÁ







O Deus Sol Rá tinha tantos nomes que inclusive os Deuses não conheciam todos. Um dia, a Deusa Ísis, Senhora da Magia, se pôs a aprender o nome de todas as coisas, para tornar-se tão importante como o Deus Rá.


Depois de muitos anos, o único nome que Ísis não sabia era o nome secreto de Rá, assim decidiu enganá-lo para descobrir.


A cada dia, enquanto voava pelo céu, Rá envelhecia e até já começava a babar. Ísis recolheu sua baba e modelando-a com terra, deu forma a uma serpente, que depois colocou no caminho de Rá. Esse foi mordido e caiu ao solo agonizante. Ísis disse ao Deus que poderia curá-lo, desde que ele lhe revelasse seu nome secreto. Ele se negou, porém ao notar que o veneno da cobra era potente suficientemente para matá-lo, não teve outra opção a não ser revelá-lo. Com esse conhecimento secreto, Ísis pode apropriar-se de parte do poder de Rá.


ÍSIS E OSÍRIS (segundo Plutarco)






No Egito, assim como na Babilônia, o culto da lua precedeu o do sol. Osíris, Deus da lua, e Ísis, a Deusa da lua, irmã e esposa de Osíris, a mãe de Hórus, o jovem Deus da lua, aparecem nos textos religiosos antes da quinta dinastia (cerca de 3.000 a. C.).
É difícil fazer um estudo conciso sobre o significado do culto de Ísis e Osíris, pois, durante muitos séculos nos quais esta religião floresceu, aconteceram mudanças na compreensão dos homens em relação a ele.


Nos primeiros registros, Osíris, parece ser um espírito da natureza, concebido como o Nilo ou como a lua, o qual, pensava-se, controlava as enchentes periódicas do rio. Era o Deus da umidade, da fertilidade e da agricultura. Durante o período da lua minguante, Seth, seu irmão e inimigo, um demônio de um vermelho fulvo incandescente, devorava-o. Dizia-se que Seth tinha se unido a uma rainha etíope negra para ajudá-lo na sua revolta contra Osíris, provavelmente uma alusão à seca e ao calor, que periodicamente vinham do Sudão, assolavam e destruíam as colheitas da região do Nilo.


Seth era o Senhor do Submundo, no sentido de Tártaro e não de Hades, usando-se termos gregos. Hades era o lugar onde as sombras dos mortos aguardavam a ressureição, correspondendo, talvez, à idéia católica do purgatório. Osíris era o Deus do Submundo neste sentido, Tártaro é o inferno dos condenados, e era deste mundo que Seth era o Senhor.


Nas primeiras formas do mito, Osíris era a lua e Ísis a natureza, Urikitu, a Verde da história caldéia. Mas, posteriormente, ela tornou-se a lua-irmã, mãe e esposa do Deus da lua. É neste ciclo que este mito primitivo da natureza começou a tomar um significado religioso mais profundo. Os homens começaram a ver na história de Osíris, que morreu e foi para o submundo, sendo depois restituído à vida pelo poder de Ísis, uma parábola da vida interior do homem que iria transcender a vida do corpo na terra.


Os egípcios eram um povo de mente muito concreta, e concebiam que a imortalidade poderia ser atingida através do poder de Osíris de maneira completamente materialista. Era por essa razão que conservavam os corpos daqueles que tinham sido levados para Osíris, através da iniciação, como conta o "Livro dos Mortos"; com efeito, acreditavam que, enquanto o corpo físico persistisse, a alma, ou Ka, também teria um corpo no qual poderia viver na Terra-dos-bem-aventurados, como Osíris que, no texto de uma pirâmide da quinta dinastia, é chamado de "Chefe daqueles que estão no Oeste", isto é, no outro mundo.


Ísis e Osíris eram irmãos gêmeos, que mantinham relações sexuais ainda no ventre da mãe e desta união nasceu o Hórus-mais-velho. No Egito, nesta época, era hábito entre os faraós e as divindades a celebração de núpcias entre irmãos, para não contaminar o sangue.


A história continua contando que quando Osíris tornou-se rei, livrou os egípcios de uma existência muito primitiva. Ensinou-lhes a agricultura e a feitura do vinho, formulou leis e instruiu como honrar seus deuses. Depois partiu para uma viagem por todo o país, educando o povo e encantando-o com sua persuasão e razão, com a música, e "toda a arte que as mesas oferecem".


Enquanto ele estava longe sua esposa Ísis governou, e tudo correu bem, mas tão logo ele retornou, Seth, que simbolizava o calor do deserto e da luxúria desenfreada, forjou um plano para apanhar Osíris e afastá-lo. Confeccionou um barril do tamanho de Osíris. Então convidou todos os Deuses para uma grande festa, tendo escondido seus setenta e dois seguidores por perto. Durante a festividade, mostrou seu barril que foi admirado por todos. Prometeu dá-lo de presente àquele que coubesse nele. Então todos entraram nele por sua vez, mas ele se ajustou somente a Osíris. Neste momento, os homens escondidos apareceram e, rapidamente lacraram a tampa do barril. Levaram-o e jogaram no rio Nilo. Ele boiou para longe e alcançou o mar pela "passagem que é conhecida por um nome abominável".


Este evento ocorreu no décimo sétimo dia de Hator, isto é, novembro, no décimo oitavo ano de reinado de Osíris. Ele viveu e reinou por um ciclo de vinte e oito períodos ou dias, porque ele era a lua, cujo ciclo completa-se a cada vinte e oito dias.


Quando Ísis foi sabedora dos acontecimentos fatídicos, cortou uma mecha de seu cabelo e vestiu roupas de luto e vagou por todos os lugares, chorando e procurando pelo barril. Foi seu cachorro Anúbis, que era filho de Néftis e Osíris, que levou-a até o lugar onde o caixão tinha parado na praia, no país de Biblos. Ele havia ficado perto de uma moita de urzes, que cresceram tanto com sua presença, que tornou-se uma árvore que envolveu o barril. O rei daquele país mandou cortar a tal árvore e de seu tronco fez uma viga para a cumeeira de seu palácio, sem sequer imaginar que o mesmo continha o barril.


Ísis para reaver seu marido, fez amizade com as damas de companhia da rainha daquele país e acabou como enfermeira do príncipe. Ísis criou o menino dando-lhe o dedo ao invés de seu peito para mamar.


Os nomes do rei e da rainha são: Malec e Astarte, ou Istar. Bem sugestivo, pois nos faz ver que Ísis teve que recuperar o corpo de Osíris de sua predecessora da Arábia.


Acabou tendo que revelar-se para a rainha e implorou pelo tronco da árvore que continha o corpo de Osíris. Ísis retirou o barril da árvore e levou-o consigo em sua barcaça de volta para casa. Ao chegar, escondeu o caixão e foi procurar seu filho Hórus, para ajudá-la a trazer Osíris de volta à vida.


Seth que havia saído para caçar com seus cachorros, encontra o barril. Abriu-o e cortou o corpo de Osíris em catorze pedaços espalhando-os. Aqui temos a fragmentação, os catorze pedaços que óbviamente referem-se aos catorze dias da lua.


Ísis soube do ocorrido e saiu à procura das partes do corpo. Viajou para longe em sua barcaça e onde quer que acahasse uma das partes fazia um santuário naquele lugar. Conseguiu reunir treze das peças unindo-as por mágica, mas faltava o falo. Então fez uma imagem desta parte e "consagrou o falo, em honra do qual os egípcios ainda hoje conservam uma festa chamada de "Faloforia", que significa "carregar o falo".
Ísis concebeu por meio dessa imagem e gerou uma criança, o Hórus-mais-jovem.


Osíris sugiu do submundo e apareceu para o Hórus-mais-velho. Treinou-o então para vingar-se de Seth. A luta foi longa, mas finalmente Hórus trouxe Seth amarrado para sua mãe.
Este é o resumo do mito.


Os cerimoniais do Egito eram relacionados com esses acontecimentos. A morte de Osíris, interpretada todos os anos, bem como as perambulações de Ísis e suas lamentações, tinham um papel conspícuo. O mistério final de sua ressureição e a demonstração pública, em procissão, do emblema de seu poder, a imagem do falo, completavam o ritual. Era uma religião na qual a participação emocional da tristeza e alegria de Ísis tinha lugar proeminente. Posteriormente, tornou-se de fato uma das religiões nas quais a redenção era atingida através do êxtase emocional pelo qual o adorador sentia-se um com Deus.


ARQUÉTIPO DA PROVEDORA DA VIDA




É pelo poder de Ísis, através de seu amor, que o homem afogado na luxúria e na paixão, eleva-se a uma vida espiritual. Ísis, antes de tudo, é provedora da vida. Comumente é representada amamentando seu filho Hórus, pois ela é a mãe que nutri e alimenta tudo que gera. Ísis com seu bebê no colo, acabou transformada na Virgem Maria com o menino Jesus.


Embora Isis fosse considerada como mãe universal ela era venerada como protetora das mulheres em particular. Sendo aquela que dá a vida, que presidia sobre vida e morte, ela era protetora das mulheres durante o parto e confortava aquelas que perdiam seus entes queridos. Em Ísis, as mulheres encontravam o apoio e a inspiração para prosseguirem com suas vidas. Ísis proclamava ser, em hinos antigos, a deusa das mulheres e dotava suas seguidoras de poderes iguais aos do homem.


Esta Deusa é também freqüentemente representada como uma Deusa negra. Este fato está diretamente associado ao período de luto de Ísis (morte de Osíris), quando ela vestia-se de preto ou ela própria era preta.
As estátuas pretas de Ísis tinham também um outro sentido. Plutarco declara que "suas estátuas com chifres são representações da Lua Crescente, enquanto que as estátuas com roupa preta significavam as ocultações e as obscuridades nas quais ela segue o Sol (Osíris), almejando por ele. Conseqüentemente, invocam a Lua para casos de amor e Eudoxo diz que Ísis é quem os decide".


No Solstício de Inverno, a Deusa, na forma de vaca dourada, coberta por um traje negro, era carregada sete vezes em torno do Santuário de Osíris morto, representando as perambulações de Ísis, que viajou através do mundo pranteando sua morte e procurando pelas partes espalhadas de seu corpo. Este ritual, era um procedimento mágico, que tencionava prevenir que a seca invadisse as regiões férteis do Nilo, pois a ressurreição de Osíris era, naquela época, um símbolo da enchente anual do Nilo, da qual a fertilidade da terra dependia.


ÍSIS E HÓRUS


Muita conhecida de todos os nós é a história de Hórus, o filho de Ísis, a Deusa do Egito, tanto quanto os também tão estimados e conhecidos Maria e o menino Jesus no cristianismo. Entretanto, existem algumas diferenças entre os dois: a Ísis é adorada como uma divindade maternal muito antiga. Algumas vezes é representada com um disco do sol (ou lua) na cabeça, flanqueada à direita e à esquerda por dois chifres de vaca. A vaca era e é por seu úbere dispensador de leite o animal-mãe, usado em muitas culturas como símbolo materno. Outra diferença fundamental entre Ísis e Maria é também o fato de Ísis ter sido venerada como a grande amada. Ainda no ventre materno ela se casou com seu irmão gêmeo Osíris, que ela amava acima de tudo.


Nos rituais antigos egípcios, executados para obter a ressurreição, o olho de Hórus tinha papel muito importante e era usado para animar o corpo do morto cujos membros tinham sido reunidos. Hórus, filho e herdeiro por excelência, é invocado também, para que impeça a ação do réptéis que estão no céu, na terra e na água, os leões do deserto, os crocodilos do rio.


Protetor da realeza, Hórus desempenha ainda, o papel capital do Deus da cura. A magia de Hórus desvia as flechas do arco, apazigua a cólera do coração do ser angustiado.




ARQUÉTIPO DE CURA




Ísis era invocada nas antigas escrituras como a senhora da cura, restauradora da vida e fonte de ervas curativas. ela era venerada como a senhora das palavras de poder, cujos encantamentos faziam desaparecer as doenças.


À noção de magia liga-se também, imediatamente ao nome de Ísis, que conhece o nome secreto do Deus supremo. Ísis dipõe do poder mágico que Geb, o Deus da Terra, lhe ofereceu para poder proteger o filho Hórus. Ela pode fechar a boca de cada serpente, afastar do filho qualquer leão do deserto, todos os crocodilos do rio, qualquer réptil que morda. Ela pode desviar o efeito do veneno, pode fazer recuar o seu fogo destruidor por meio da palavra, fornecer ar a quem dele necessite. Os humores malignos que perturbam o corpo humano obedecem a Ísis. Qualquer pessoa picada, mordida, agredida, apela a ísis, a da boca hábil, identificiando-se com Hórus, que chama a mãe em seu socorro. Ela virá, fará gestos mágicos, mostrar-se-á tranqüilizadora ao cuidar do filho. Nada de grave irá lesar o filho da grande Deusa.


Ísis aparece em na nossa vida para dizer que é hora de meditar. Você tem desperdiçado sua energia maternal sem guardar um pouco para si mesma? Sua mãe lhe deu todo o amor que você precisou? Pois agora é tempo de você se dar "um colo" para curar as mágoas do passado. Todos nós precisamos de cuidados maternos, independente de sermos donzela, mãe ou mulher madura.




ARQUÉTIPO DA MÃE-NATUREZA




Ísis, Deusa da lua, também é Mãe da Natureza. Ela nos diz que para este mundo continuar a existir tudo que é criado um dia precisa ser destruído. Ísis determina que não deve haver harmonia perpétua, com o bem sempre no ascendente. Ao contrário, deseja que sempre exista o conflito entre os poderes do crescimento e da destruição. O processa da vida, caminha sobre estes opostos. O que chamamos de "processo da vida", não é idêntico ao bem-estar da forma na qual a vida está neste momento manifesta, mas pertence ao reino espiritual no qual se baseia a manifestação material.


Com certeza, se a morte e a decadência não tivessem dotados de poderes tão grandes quanto as forças da criação, nosso mundo inteiro já teria alcançado o estado de estagnação. Se tudo permanecesse para sempre como foi primeiramente feito, todas as capacidades de "fazer" teriam sido esgotadas há séculos. A vida hoje estaria hoje totalmente paralisada. E, assim, inesperadamente, o excesso de bem, acabaria em seu oposto e tornar-se-ia excesso de mal.


Ísis, tanto na forma da natureza, como na forma de Lua, tinha dois aspectos. Era criadora, mãe, enfermeira de todos e também destruidora.


O nome Ísis, significa "Antiga" e era também chamada de "Maat", a sabedoria antiga. Isto corresponde a sabedoria das coisas como são e como foram, a capacidade inata inerente, de seguir a natureza das coisas, tanto na forma presente como em seu desenvolvimento inevitável, uma relação à outra.


O VÉU DE ÍSIS




O traje de Ísis só era obtido através da iniciação, era multicolorido e usado em muitos cerimoniais religiosos.


O véu multicolorido de Ísis é o mesmo véu de Maias, que nos é familiar no pensamento hindu. Ele representa a forma sempre mutante da natureza, cuja beleza e tragédia ocultam o espírito aos nosso olhos. A idéia é a de que o Espírito Criativo vestia-se de formas materiais de grande divindade e que todo o universo que conhecemos era feito daquela maneira, como a manifestação do Espírito do Criador.
Plutarco expressa essa idéia quando diz:"Pois Ísis é o princípio feminino da natureza e aquela que é capaz de receber a inteireza da gênese; em virtude disso ela tem sido chamada de enfermeira e a que tudo recebe por Platão e, pelo multidão, a dos dez mil nomes, por ser transformada pela Razão e receber todas as formas e idéias".
Um hino dirigido a Ísis-Net exprime essa mesma idéia de véu da natureza que esconde a verdade do mistério dos olhos humanos. Net era uma forma de Ísis, e era considerada como Mãe-de-todos, sendo de natureza tanto masculina como feminina. O texto em que esse hino está registrado data de cerca de 550 a.C., mas é provavelmente muito mais antigo.
Salve, grande mãe, não foi descoberto teu nascimento!
Salve, grande deusa, dentro do submundo que é duplamente escondido, tu, a desconhecida!
Salve, grande divina, não foste aberta!
Ó, abre teu traje.
Salve, coberta, nada nos é dado como acesso a ela.
Venha receber a alma de Osíris, protege-adentro de tuas duas mãos.


O véu de Ísis, tem também significados derivados. Se diz que o ser vivo é pego na teia ou véu de Ísis, significando que no nascimento o espírito, a centelha divina, que está em todos nós, é preso ou incorporado na carne. Significa dizer, que todos nós ficamos emaranhados ou presos na teia da natureza. Essa teia é a trama do destino ou circunstâncias. É inevitável que devamos ser presos pelo destino, mas freqüentemente consideramos este enredamento como infortúnio e queremos nos libertar dele. Se aceitarmos esta situação de o ser vivo estar preso a teia de Ísis, acabaremos encarando a trama de nossa vida de maneira diferente, pois é somente deste modo que o espírito divino pode ser resgatado. Se não fosse aprisionado desta forma, vagaria livremente e nunca teria oportunidade de transformar-se. Portanto, o espírito do homem precisa estar preso à rede de Ísis, caso contrário, não poderá ser levado em seu barco para a próxima fase de experiência.




DANÇA SAGRADA DOS SETE VÉUS




"Vê-la dançar é participar da força criadora que vibra no Cosmos; massa negra e pulsante explícita nos olhos e cabelos de Jhade. (...) Mãos se elevam em serpente e cortantes transformam em som o poder telúrico de seu ventre. Que os sons, manifestos em seu corpo, subam de encontro com o Eterno e sejam ouvidos além do tempo." (por W. Hassan)


A Dança dos Sete Véus tem sua origem em tempos remotos, onde as sacerdotisas dançavam no templo de Isis. É uma dança forte, bela e enigmática. Ela também reverencia à vida, os elementos da natureza, imita os passos dos animais e das divindades numa total integração com o universo. O coração da bailarina é tão leve quanto a pluma da Deusa Maat e é exatamente por isso que os véus são necessários, pois é deles que os deuses se servem para sutilizar o corpo da mulher. Os véus de Ísis, ao serem retirados, nos transmitem ensinamentos. Quando a bailarina usa dois véus, ao retirá-los nos diz que o corpo e espírito devem estar harmonizados. A Dança do Templo, que é usado três véus, homenageia a Trindade dos deuses do Antigo Egito: Ísis, Osíris e Hórus. A Dança do Palácio, com quatro véus, representa a busca da segurança e estabilidade e ao retirá-los a bailarina nos demonstra o quanto nos é benéfico o desapego das coisas materiais. Na Dança dos Sete Véus, cada véu corresponde a um grau de iniciação.


Os sete véus representam os sete chakras em equilíbrio e harmonia, sete cores e sete planetas.Cada planeta possui qualidades e defeitos que influenciam no temperamento das pessoas e a retirada de cada véu representa a dissolução dos aspectos mais nefastos e a exaltação de suas qualidades.
Significado das cores:
Vermelho: libertação das paixões e vitória do amor
Laranja: libertação da raiva e dos sentimentos de ira
Amarelo: libertação da ambição e do materialismo
Verde: saúde e equilíbrio do corpo físico
Azul : encontro da serenidade
Lilás: transmutação da alma, libertação da negatividade
Branco: pureza, encontro da Luz.


Toda mulher deixa transbordar seu essência através da dança. Todas aquelas emoções reprimidas, sentimentos esquecidos, afloram. Toda e qualquer mulher que consegue penetrar nos mistérios e ensinamentos dessa prática, se revelará de forma pura e sublime e alcançará o êxtase ao dançar.


Dançar é minha prece mais pura
Momento em que meu corpo vislumbra o divino,
Em que meus pés tocam o real
Religiosidade despida de exageros,
Desejo lascivo, bordado de plenitude
Através de meus movimentos posso chegar ao inatingível
Posso sentir por todos os corpos,
abraçar com todo
o coração,
E amar com os olhos
Cada gesto significativo desenha no espaço o infinito,
Pairando no ar, compreensão e admiração
Iniciar uma prece é como abrir uma porta
Um convite a você, para entrar em meu universo
O mágico contorna minha silhueta, ao mesmo tempo
Que lhe toco sem tocar
Nada a observar, só a participar
Esta prece ausente de palavras
É codificada pela alma
E faz-nos interagir, de maneira sublime e hipnótica
Quando eu terminar esta dança,
Estarei certa de que não seremos os mesmos.






RITUAL DE ÍSIS PARA A LEALDADE




Você pode usar esse ritual para pedir à Ísis que reforce sua lealdade se se sentir tentada (o) a trair a confiança de alguém, ou para pedir que outra pessoa lhe seja leal.


Deve sempre ser realizado pela manhã e se possível imediatamente ao levantar-se da cama. Necessitará de uma granada, a pedra preciosa que simboliza a lealdade. A pedra pode estar solta ou presa em alguma jóia.


Acenda uma vela branca e coloque à sua frente. Suspenda a vela em frente a vela, de maneira que brilhe à luz da chama. Enquanto observa a luz brilhando através da granada, pense em tudo que necessitas fortalecer no sentido da lealdade.


Imagine você, ou a pessoa que a(o) preocupa, em uma situação que possa trair a confiança. Pense que você, ou essa pessoa, resistem ao impulso. Por exemplo, pode visualizar uma situação em que um amigo pede para revelar um segredo, porém você resiste, dizendo:
"Não, não posso lhe dizer".
Agora coloque a granada em seu bolso e use-a como jóia até que sinta que a ameaça da deslealdade tenha passado.




http://www.medicinaambientalba.com.br/isis.htm