sexta-feira, 20 de maio de 2011

MEDITAÇÃO DO ABRAÇO


Quando nos abraçamos, nossos corações se conectam e entendemos que não somos seres
separados. Abraçar em plena consciência pode trazer-nos cura, reconciliação,
entendimento e muita felicidade. A prática da meditação do abraço tem ajudado
muitas pessoas a se reconciliarem – pais e filhos, amigos, casais, etc.


Podemos praticar a meditação do abraço com um amigo, nossa filha, nosso pai,
nosso parceiro ou mesmo com uma árvore. Para praticar, primeiro fazemos uma
reverência com as palmas das mãos unidas, reconhecendo a presença um do outro.
Podemos desfrutar de três respirações profundas em plena consciência, para nos
sentirmos inteiramente presentes, e só então abrimos os braços e nos abraçamos.
Mantemos o abraço por outras três respirações. Na primeira respiração, estamos
conscientes de estarmos presentes naquele exato momento, e sentimo-nos felizes.
Na segunda respiração, estamos conscientes de que a outra pessoa está presente
naquele momento, e sentimos felicidade. Com a terceira respiração, estamos
conscientes de estarmos juntos, aqui e agora neste planeta, e sentimos profunda
gratidão e alegria pela nossa união. Então, podemos gentilmente liberar a outra
pessoa, fazendo uma reverência mútua para demonstrarmos nosso agradecimento.


Quando nos abraçamos dessa maneira, a outra pessoa se torna real,
verdadeiramente viva. Não precisamos esperar até que alguém esteja prestes a
viajar, podemos nos abraçar agora mesmo e receber o calor e a estabilidade do
nosso amigo, neste presente momento. Abraçar pode ser uma prática profunda de
reconciliação. Durante o abraço em silêncio, uma mensagem torna-se bastante
clara: “Querido, querida, você é precioso para mim. Sinto não ter sido bastante
atencioso e compreensivo. Cometi erros. Por favor permita-me começar de novo.
Eu te prometo.”



Mestre

Zen Thich Nhat Hanh

quinta-feira, 19 de maio de 2011

DEUSA ISIS


ÍSIS, DO MITO À HISTÓRIA


No começo só existia o grande, imóvel e infinito mar universal, sem vida e em absoluto silêncio. Não havia nem alturas, nem abismos, nem princípio, nem fim, nem leste, nem oeste, nem norte e nem sul. Das primeiras sombras se desprenderam as trevas e apareceu o caos. Desse ilimitado e sombrio universo surgiu a vida e, com ela, a estirpe dos Deuses.


Conta a mitologia solar que o criador de tudo foi Atum, o Pai dos Pais. A partir do momento que Atum toma consciência de si mesmo, ele tornou-se Rá.
Em sua infinita sabedoria, o Deus consciente, desejou e materializou uma separação entre si mesmo e as águas primordiais, desejando emergir a primeira terra seca em forma de colina a que os egípcios chamaram a "colina benben".


Então Atum criou os outros Deuses. Recolheu seu próprio sêmen na mão, e engolindo-o se fecundou a si mesmo. Vomitou, dando vida a Shu e Tefnut, o ar seco e o ar úmido.


ÍSIS, DO MITO À HISTÓRIA


No começo só existia o grande, imóvel e infinito mar universal, sem vida e em absoluto silêncio. Não havia nem alturas, nem abismos, nem princípio, nem fim, nem leste, nem oeste, nem norte e nem sul. Das primeiras sombras se desprenderam as trevas e apareceu o caos. Desse ilimitado e sombrio universo surgiu a vida e, com ela, a estirpe dos Deuses.


Conta a mitologia solar que o criador de tudo foi Atum, o Pai dos Pais. A partir do momento que Atum toma consciência de si mesmo, ele tornou-se Rá.
Em sua infinita sabedoria, o Deus consciente, desejou e materializou uma separação entre si mesmo e as águas primordiais, desejando emergir a primeira terra seca em forma de colina a que os egípcios chamaram a "colina benben".


Então Atum criou os outros Deuses. Recolheu seu próprio sêmen na mão, e engolindo-o se fecundou a si mesmo. Vomitou, dando vida a Shu e Tefnut, o ar seco e o ar úmido.


ÍSIS E O NOME SECRETO DE RÁ







O Deus Sol Rá tinha tantos nomes que inclusive os Deuses não conheciam todos. Um dia, a Deusa Ísis, Senhora da Magia, se pôs a aprender o nome de todas as coisas, para tornar-se tão importante como o Deus Rá.


Depois de muitos anos, o único nome que Ísis não sabia era o nome secreto de Rá, assim decidiu enganá-lo para descobrir.


A cada dia, enquanto voava pelo céu, Rá envelhecia e até já começava a babar. Ísis recolheu sua baba e modelando-a com terra, deu forma a uma serpente, que depois colocou no caminho de Rá. Esse foi mordido e caiu ao solo agonizante. Ísis disse ao Deus que poderia curá-lo, desde que ele lhe revelasse seu nome secreto. Ele se negou, porém ao notar que o veneno da cobra era potente suficientemente para matá-lo, não teve outra opção a não ser revelá-lo. Com esse conhecimento secreto, Ísis pode apropriar-se de parte do poder de Rá.


ÍSIS E OSÍRIS (segundo Plutarco)






No Egito, assim como na Babilônia, o culto da lua precedeu o do sol. Osíris, Deus da lua, e Ísis, a Deusa da lua, irmã e esposa de Osíris, a mãe de Hórus, o jovem Deus da lua, aparecem nos textos religiosos antes da quinta dinastia (cerca de 3.000 a. C.).
É difícil fazer um estudo conciso sobre o significado do culto de Ísis e Osíris, pois, durante muitos séculos nos quais esta religião floresceu, aconteceram mudanças na compreensão dos homens em relação a ele.


Nos primeiros registros, Osíris, parece ser um espírito da natureza, concebido como o Nilo ou como a lua, o qual, pensava-se, controlava as enchentes periódicas do rio. Era o Deus da umidade, da fertilidade e da agricultura. Durante o período da lua minguante, Seth, seu irmão e inimigo, um demônio de um vermelho fulvo incandescente, devorava-o. Dizia-se que Seth tinha se unido a uma rainha etíope negra para ajudá-lo na sua revolta contra Osíris, provavelmente uma alusão à seca e ao calor, que periodicamente vinham do Sudão, assolavam e destruíam as colheitas da região do Nilo.


Seth era o Senhor do Submundo, no sentido de Tártaro e não de Hades, usando-se termos gregos. Hades era o lugar onde as sombras dos mortos aguardavam a ressureição, correspondendo, talvez, à idéia católica do purgatório. Osíris era o Deus do Submundo neste sentido, Tártaro é o inferno dos condenados, e era deste mundo que Seth era o Senhor.


Nas primeiras formas do mito, Osíris era a lua e Ísis a natureza, Urikitu, a Verde da história caldéia. Mas, posteriormente, ela tornou-se a lua-irmã, mãe e esposa do Deus da lua. É neste ciclo que este mito primitivo da natureza começou a tomar um significado religioso mais profundo. Os homens começaram a ver na história de Osíris, que morreu e foi para o submundo, sendo depois restituído à vida pelo poder de Ísis, uma parábola da vida interior do homem que iria transcender a vida do corpo na terra.


Os egípcios eram um povo de mente muito concreta, e concebiam que a imortalidade poderia ser atingida através do poder de Osíris de maneira completamente materialista. Era por essa razão que conservavam os corpos daqueles que tinham sido levados para Osíris, através da iniciação, como conta o "Livro dos Mortos"; com efeito, acreditavam que, enquanto o corpo físico persistisse, a alma, ou Ka, também teria um corpo no qual poderia viver na Terra-dos-bem-aventurados, como Osíris que, no texto de uma pirâmide da quinta dinastia, é chamado de "Chefe daqueles que estão no Oeste", isto é, no outro mundo.


Ísis e Osíris eram irmãos gêmeos, que mantinham relações sexuais ainda no ventre da mãe e desta união nasceu o Hórus-mais-velho. No Egito, nesta época, era hábito entre os faraós e as divindades a celebração de núpcias entre irmãos, para não contaminar o sangue.


A história continua contando que quando Osíris tornou-se rei, livrou os egípcios de uma existência muito primitiva. Ensinou-lhes a agricultura e a feitura do vinho, formulou leis e instruiu como honrar seus deuses. Depois partiu para uma viagem por todo o país, educando o povo e encantando-o com sua persuasão e razão, com a música, e "toda a arte que as mesas oferecem".


Enquanto ele estava longe sua esposa Ísis governou, e tudo correu bem, mas tão logo ele retornou, Seth, que simbolizava o calor do deserto e da luxúria desenfreada, forjou um plano para apanhar Osíris e afastá-lo. Confeccionou um barril do tamanho de Osíris. Então convidou todos os Deuses para uma grande festa, tendo escondido seus setenta e dois seguidores por perto. Durante a festividade, mostrou seu barril que foi admirado por todos. Prometeu dá-lo de presente àquele que coubesse nele. Então todos entraram nele por sua vez, mas ele se ajustou somente a Osíris. Neste momento, os homens escondidos apareceram e, rapidamente lacraram a tampa do barril. Levaram-o e jogaram no rio Nilo. Ele boiou para longe e alcançou o mar pela "passagem que é conhecida por um nome abominável".


Este evento ocorreu no décimo sétimo dia de Hator, isto é, novembro, no décimo oitavo ano de reinado de Osíris. Ele viveu e reinou por um ciclo de vinte e oito períodos ou dias, porque ele era a lua, cujo ciclo completa-se a cada vinte e oito dias.


Quando Ísis foi sabedora dos acontecimentos fatídicos, cortou uma mecha de seu cabelo e vestiu roupas de luto e vagou por todos os lugares, chorando e procurando pelo barril. Foi seu cachorro Anúbis, que era filho de Néftis e Osíris, que levou-a até o lugar onde o caixão tinha parado na praia, no país de Biblos. Ele havia ficado perto de uma moita de urzes, que cresceram tanto com sua presença, que tornou-se uma árvore que envolveu o barril. O rei daquele país mandou cortar a tal árvore e de seu tronco fez uma viga para a cumeeira de seu palácio, sem sequer imaginar que o mesmo continha o barril.


Ísis para reaver seu marido, fez amizade com as damas de companhia da rainha daquele país e acabou como enfermeira do príncipe. Ísis criou o menino dando-lhe o dedo ao invés de seu peito para mamar.


Os nomes do rei e da rainha são: Malec e Astarte, ou Istar. Bem sugestivo, pois nos faz ver que Ísis teve que recuperar o corpo de Osíris de sua predecessora da Arábia.


Acabou tendo que revelar-se para a rainha e implorou pelo tronco da árvore que continha o corpo de Osíris. Ísis retirou o barril da árvore e levou-o consigo em sua barcaça de volta para casa. Ao chegar, escondeu o caixão e foi procurar seu filho Hórus, para ajudá-la a trazer Osíris de volta à vida.


Seth que havia saído para caçar com seus cachorros, encontra o barril. Abriu-o e cortou o corpo de Osíris em catorze pedaços espalhando-os. Aqui temos a fragmentação, os catorze pedaços que óbviamente referem-se aos catorze dias da lua.


Ísis soube do ocorrido e saiu à procura das partes do corpo. Viajou para longe em sua barcaça e onde quer que acahasse uma das partes fazia um santuário naquele lugar. Conseguiu reunir treze das peças unindo-as por mágica, mas faltava o falo. Então fez uma imagem desta parte e "consagrou o falo, em honra do qual os egípcios ainda hoje conservam uma festa chamada de "Faloforia", que significa "carregar o falo".
Ísis concebeu por meio dessa imagem e gerou uma criança, o Hórus-mais-jovem.


Osíris sugiu do submundo e apareceu para o Hórus-mais-velho. Treinou-o então para vingar-se de Seth. A luta foi longa, mas finalmente Hórus trouxe Seth amarrado para sua mãe.
Este é o resumo do mito.


Os cerimoniais do Egito eram relacionados com esses acontecimentos. A morte de Osíris, interpretada todos os anos, bem como as perambulações de Ísis e suas lamentações, tinham um papel conspícuo. O mistério final de sua ressureição e a demonstração pública, em procissão, do emblema de seu poder, a imagem do falo, completavam o ritual. Era uma religião na qual a participação emocional da tristeza e alegria de Ísis tinha lugar proeminente. Posteriormente, tornou-se de fato uma das religiões nas quais a redenção era atingida através do êxtase emocional pelo qual o adorador sentia-se um com Deus.


ARQUÉTIPO DA PROVEDORA DA VIDA




É pelo poder de Ísis, através de seu amor, que o homem afogado na luxúria e na paixão, eleva-se a uma vida espiritual. Ísis, antes de tudo, é provedora da vida. Comumente é representada amamentando seu filho Hórus, pois ela é a mãe que nutri e alimenta tudo que gera. Ísis com seu bebê no colo, acabou transformada na Virgem Maria com o menino Jesus.


Embora Isis fosse considerada como mãe universal ela era venerada como protetora das mulheres em particular. Sendo aquela que dá a vida, que presidia sobre vida e morte, ela era protetora das mulheres durante o parto e confortava aquelas que perdiam seus entes queridos. Em Ísis, as mulheres encontravam o apoio e a inspiração para prosseguirem com suas vidas. Ísis proclamava ser, em hinos antigos, a deusa das mulheres e dotava suas seguidoras de poderes iguais aos do homem.


Esta Deusa é também freqüentemente representada como uma Deusa negra. Este fato está diretamente associado ao período de luto de Ísis (morte de Osíris), quando ela vestia-se de preto ou ela própria era preta.
As estátuas pretas de Ísis tinham também um outro sentido. Plutarco declara que "suas estátuas com chifres são representações da Lua Crescente, enquanto que as estátuas com roupa preta significavam as ocultações e as obscuridades nas quais ela segue o Sol (Osíris), almejando por ele. Conseqüentemente, invocam a Lua para casos de amor e Eudoxo diz que Ísis é quem os decide".


No Solstício de Inverno, a Deusa, na forma de vaca dourada, coberta por um traje negro, era carregada sete vezes em torno do Santuário de Osíris morto, representando as perambulações de Ísis, que viajou através do mundo pranteando sua morte e procurando pelas partes espalhadas de seu corpo. Este ritual, era um procedimento mágico, que tencionava prevenir que a seca invadisse as regiões férteis do Nilo, pois a ressurreição de Osíris era, naquela época, um símbolo da enchente anual do Nilo, da qual a fertilidade da terra dependia.


ÍSIS E HÓRUS


Muita conhecida de todos os nós é a história de Hórus, o filho de Ísis, a Deusa do Egito, tanto quanto os também tão estimados e conhecidos Maria e o menino Jesus no cristianismo. Entretanto, existem algumas diferenças entre os dois: a Ísis é adorada como uma divindade maternal muito antiga. Algumas vezes é representada com um disco do sol (ou lua) na cabeça, flanqueada à direita e à esquerda por dois chifres de vaca. A vaca era e é por seu úbere dispensador de leite o animal-mãe, usado em muitas culturas como símbolo materno. Outra diferença fundamental entre Ísis e Maria é também o fato de Ísis ter sido venerada como a grande amada. Ainda no ventre materno ela se casou com seu irmão gêmeo Osíris, que ela amava acima de tudo.


Nos rituais antigos egípcios, executados para obter a ressurreição, o olho de Hórus tinha papel muito importante e era usado para animar o corpo do morto cujos membros tinham sido reunidos. Hórus, filho e herdeiro por excelência, é invocado também, para que impeça a ação do réptéis que estão no céu, na terra e na água, os leões do deserto, os crocodilos do rio.


Protetor da realeza, Hórus desempenha ainda, o papel capital do Deus da cura. A magia de Hórus desvia as flechas do arco, apazigua a cólera do coração do ser angustiado.




ARQUÉTIPO DE CURA




Ísis era invocada nas antigas escrituras como a senhora da cura, restauradora da vida e fonte de ervas curativas. ela era venerada como a senhora das palavras de poder, cujos encantamentos faziam desaparecer as doenças.


À noção de magia liga-se também, imediatamente ao nome de Ísis, que conhece o nome secreto do Deus supremo. Ísis dipõe do poder mágico que Geb, o Deus da Terra, lhe ofereceu para poder proteger o filho Hórus. Ela pode fechar a boca de cada serpente, afastar do filho qualquer leão do deserto, todos os crocodilos do rio, qualquer réptil que morda. Ela pode desviar o efeito do veneno, pode fazer recuar o seu fogo destruidor por meio da palavra, fornecer ar a quem dele necessite. Os humores malignos que perturbam o corpo humano obedecem a Ísis. Qualquer pessoa picada, mordida, agredida, apela a ísis, a da boca hábil, identificiando-se com Hórus, que chama a mãe em seu socorro. Ela virá, fará gestos mágicos, mostrar-se-á tranqüilizadora ao cuidar do filho. Nada de grave irá lesar o filho da grande Deusa.


Ísis aparece em na nossa vida para dizer que é hora de meditar. Você tem desperdiçado sua energia maternal sem guardar um pouco para si mesma? Sua mãe lhe deu todo o amor que você precisou? Pois agora é tempo de você se dar "um colo" para curar as mágoas do passado. Todos nós precisamos de cuidados maternos, independente de sermos donzela, mãe ou mulher madura.




ARQUÉTIPO DA MÃE-NATUREZA




Ísis, Deusa da lua, também é Mãe da Natureza. Ela nos diz que para este mundo continuar a existir tudo que é criado um dia precisa ser destruído. Ísis determina que não deve haver harmonia perpétua, com o bem sempre no ascendente. Ao contrário, deseja que sempre exista o conflito entre os poderes do crescimento e da destruição. O processa da vida, caminha sobre estes opostos. O que chamamos de "processo da vida", não é idêntico ao bem-estar da forma na qual a vida está neste momento manifesta, mas pertence ao reino espiritual no qual se baseia a manifestação material.


Com certeza, se a morte e a decadência não tivessem dotados de poderes tão grandes quanto as forças da criação, nosso mundo inteiro já teria alcançado o estado de estagnação. Se tudo permanecesse para sempre como foi primeiramente feito, todas as capacidades de "fazer" teriam sido esgotadas há séculos. A vida hoje estaria hoje totalmente paralisada. E, assim, inesperadamente, o excesso de bem, acabaria em seu oposto e tornar-se-ia excesso de mal.


Ísis, tanto na forma da natureza, como na forma de Lua, tinha dois aspectos. Era criadora, mãe, enfermeira de todos e também destruidora.


O nome Ísis, significa "Antiga" e era também chamada de "Maat", a sabedoria antiga. Isto corresponde a sabedoria das coisas como são e como foram, a capacidade inata inerente, de seguir a natureza das coisas, tanto na forma presente como em seu desenvolvimento inevitável, uma relação à outra.


O VÉU DE ÍSIS




O traje de Ísis só era obtido através da iniciação, era multicolorido e usado em muitos cerimoniais religiosos.


O véu multicolorido de Ísis é o mesmo véu de Maias, que nos é familiar no pensamento hindu. Ele representa a forma sempre mutante da natureza, cuja beleza e tragédia ocultam o espírito aos nosso olhos. A idéia é a de que o Espírito Criativo vestia-se de formas materiais de grande divindade e que todo o universo que conhecemos era feito daquela maneira, como a manifestação do Espírito do Criador.
Plutarco expressa essa idéia quando diz:"Pois Ísis é o princípio feminino da natureza e aquela que é capaz de receber a inteireza da gênese; em virtude disso ela tem sido chamada de enfermeira e a que tudo recebe por Platão e, pelo multidão, a dos dez mil nomes, por ser transformada pela Razão e receber todas as formas e idéias".
Um hino dirigido a Ísis-Net exprime essa mesma idéia de véu da natureza que esconde a verdade do mistério dos olhos humanos. Net era uma forma de Ísis, e era considerada como Mãe-de-todos, sendo de natureza tanto masculina como feminina. O texto em que esse hino está registrado data de cerca de 550 a.C., mas é provavelmente muito mais antigo.
Salve, grande mãe, não foi descoberto teu nascimento!
Salve, grande deusa, dentro do submundo que é duplamente escondido, tu, a desconhecida!
Salve, grande divina, não foste aberta!
Ó, abre teu traje.
Salve, coberta, nada nos é dado como acesso a ela.
Venha receber a alma de Osíris, protege-adentro de tuas duas mãos.


O véu de Ísis, tem também significados derivados. Se diz que o ser vivo é pego na teia ou véu de Ísis, significando que no nascimento o espírito, a centelha divina, que está em todos nós, é preso ou incorporado na carne. Significa dizer, que todos nós ficamos emaranhados ou presos na teia da natureza. Essa teia é a trama do destino ou circunstâncias. É inevitável que devamos ser presos pelo destino, mas freqüentemente consideramos este enredamento como infortúnio e queremos nos libertar dele. Se aceitarmos esta situação de o ser vivo estar preso a teia de Ísis, acabaremos encarando a trama de nossa vida de maneira diferente, pois é somente deste modo que o espírito divino pode ser resgatado. Se não fosse aprisionado desta forma, vagaria livremente e nunca teria oportunidade de transformar-se. Portanto, o espírito do homem precisa estar preso à rede de Ísis, caso contrário, não poderá ser levado em seu barco para a próxima fase de experiência.




DANÇA SAGRADA DOS SETE VÉUS




"Vê-la dançar é participar da força criadora que vibra no Cosmos; massa negra e pulsante explícita nos olhos e cabelos de Jhade. (...) Mãos se elevam em serpente e cortantes transformam em som o poder telúrico de seu ventre. Que os sons, manifestos em seu corpo, subam de encontro com o Eterno e sejam ouvidos além do tempo." (por W. Hassan)


A Dança dos Sete Véus tem sua origem em tempos remotos, onde as sacerdotisas dançavam no templo de Isis. É uma dança forte, bela e enigmática. Ela também reverencia à vida, os elementos da natureza, imita os passos dos animais e das divindades numa total integração com o universo. O coração da bailarina é tão leve quanto a pluma da Deusa Maat e é exatamente por isso que os véus são necessários, pois é deles que os deuses se servem para sutilizar o corpo da mulher. Os véus de Ísis, ao serem retirados, nos transmitem ensinamentos. Quando a bailarina usa dois véus, ao retirá-los nos diz que o corpo e espírito devem estar harmonizados. A Dança do Templo, que é usado três véus, homenageia a Trindade dos deuses do Antigo Egito: Ísis, Osíris e Hórus. A Dança do Palácio, com quatro véus, representa a busca da segurança e estabilidade e ao retirá-los a bailarina nos demonstra o quanto nos é benéfico o desapego das coisas materiais. Na Dança dos Sete Véus, cada véu corresponde a um grau de iniciação.


Os sete véus representam os sete chakras em equilíbrio e harmonia, sete cores e sete planetas.Cada planeta possui qualidades e defeitos que influenciam no temperamento das pessoas e a retirada de cada véu representa a dissolução dos aspectos mais nefastos e a exaltação de suas qualidades.
Significado das cores:
Vermelho: libertação das paixões e vitória do amor
Laranja: libertação da raiva e dos sentimentos de ira
Amarelo: libertação da ambição e do materialismo
Verde: saúde e equilíbrio do corpo físico
Azul : encontro da serenidade
Lilás: transmutação da alma, libertação da negatividade
Branco: pureza, encontro da Luz.


Toda mulher deixa transbordar seu essência através da dança. Todas aquelas emoções reprimidas, sentimentos esquecidos, afloram. Toda e qualquer mulher que consegue penetrar nos mistérios e ensinamentos dessa prática, se revelará de forma pura e sublime e alcançará o êxtase ao dançar.


Dançar é minha prece mais pura
Momento em que meu corpo vislumbra o divino,
Em que meus pés tocam o real
Religiosidade despida de exageros,
Desejo lascivo, bordado de plenitude
Através de meus movimentos posso chegar ao inatingível
Posso sentir por todos os corpos,
abraçar com todo
o coração,
E amar com os olhos
Cada gesto significativo desenha no espaço o infinito,
Pairando no ar, compreensão e admiração
Iniciar uma prece é como abrir uma porta
Um convite a você, para entrar em meu universo
O mágico contorna minha silhueta, ao mesmo tempo
Que lhe toco sem tocar
Nada a observar, só a participar
Esta prece ausente de palavras
É codificada pela alma
E faz-nos interagir, de maneira sublime e hipnótica
Quando eu terminar esta dança,
Estarei certa de que não seremos os mesmos.






RITUAL DE ÍSIS PARA A LEALDADE




Você pode usar esse ritual para pedir à Ísis que reforce sua lealdade se se sentir tentada (o) a trair a confiança de alguém, ou para pedir que outra pessoa lhe seja leal.


Deve sempre ser realizado pela manhã e se possível imediatamente ao levantar-se da cama. Necessitará de uma granada, a pedra preciosa que simboliza a lealdade. A pedra pode estar solta ou presa em alguma jóia.


Acenda uma vela branca e coloque à sua frente. Suspenda a vela em frente a vela, de maneira que brilhe à luz da chama. Enquanto observa a luz brilhando através da granada, pense em tudo que necessitas fortalecer no sentido da lealdade.


Imagine você, ou a pessoa que a(o) preocupa, em uma situação que possa trair a confiança. Pense que você, ou essa pessoa, resistem ao impulso. Por exemplo, pode visualizar uma situação em que um amigo pede para revelar um segredo, porém você resiste, dizendo:
"Não, não posso lhe dizer".
Agora coloque a granada em seu bolso e use-a como jóia até que sinta que a ameaça da deslealdade tenha passado.




http://www.medicinaambientalba.com.br/isis.htm

LOUVADA SEJA A DANÇA


Louvada seja a dança
Santo Agostinho

Louvada seja a dança
Porque ela liberta o homem
Do peso das coisas materiais,
E une os solitários
Para formar sociedade.
Louvada seja a dança,
Que tudo exige e fortalece,
saúde, mente serena
E uma alma encantada.
A dança significa transformar
O espaço, o tempo e a pessoa,
Que sempre corre perigo
De se desfazer e ser ou somente cérebro,
Ou só vontade ou só sentimento.
A dança porém exige
O ser humano inteiro
Ancorado no seu centro,
E que não conhece
A obsessão da vontade de dominar
Gente ou coisas, e que não sente
A demonia de estar perdido
No seu próprio ser.
A dança exige o homem livre e aberto
Vibrando na harmonia de todas as forças.
Ò Homem, ò mulher, aprenda a dançar
senão os anjos do céu
não saberão o que fazer contigo

SE EXISTE AMOR...


Se existe amor, há também esperança de existirem verdadeiras famílias, verdadeira fraternidade, verdadeira igualdade e verdadeira paz. Se não há mais amor dentro de você, se você continua a ver os outros como inimigos, não importa o conhecimento ou o nível de instrução que você tenha, não importa o progresso material que alcance, só haverá sofrimento e confusão no cômputo final. O homem vai continuar enganando e subjugando outros homens, mas insultar ou maltratar os outros é algo sem propósito. O fundamento de toda prática espiritual é o amor. Que você o pratique bem é meu único pedido.


Dalai Lama

terça-feira, 17 de maio de 2011

IMAGINE

 Imagine

Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que lutar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
você se juntará a nós
E o mundo será como um só

Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de humana
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo será como um só
 
Tradução de Imagine de John Lennon


QUE MUNDO MARAVILHOSO

Que Mundo Maravilhoso

Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também
Eu as vejo florescer para mim e você
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

Eu vejo os céus tão azuis e as nuvens tão brancas
O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da noite
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

As cores do arco-íris, tão bonitas no céu
Estão também nos rostos das pessoas que se vão
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: "como você vai?"
Eles realmente dizem: "eu te amo!"

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer
Eles aprenderão muito mais que eu jamais saberei
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso

Sim, eu penso comigo... que mundo maravilhoso
 
Tradução de What A Wonderful World  (Louis Armstrong)
 
 

AMOR , ALIMENTO DAS ALMAS


O maior sustentáculo da criatura é justamente o Amor.
A alma, em si, apenas se nutre de amor!
O amor divino é o cibo do universo!
Tudo se equilibra no amor divino de Deus.
Toda a estabilidade da alegria é problema de alimentação puramente espiritual.
Nas diversas esferas da vida, todo sistema de alimentação tem no amor a base profunda.
Todos nos movemos no amor e sem ele não teríamos existência.
Quanto mais nos elevarmos no plano evolutivo da Criação,
mais extensamente conheceremos esta grande verdade: o Amor!
O sexo é manifestação sagrada desse amor universal e divino,
mas é apenas uma expressão isolada do potencial divino.
O amor é o pão divino das almas, o pábulo sublime dos corações. 






André Luiz
(Psicografado por Francisco C. Xavier)

AS BORBOLETAS -


Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, NÃO PRECISAR DELA. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas...
VOCÊ VAI ACHAR NÃO QUEM ESTAVA PROCURANDO
MAS QUEM ESTAVA PROCURANDO VOCÊ!


O TAMANHO DAS PESSOAS

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.

Uma pessoa é enorme para você, quando fala do que leu e viveu,
quando trata você com carinho e respeito,
quando olha nos olhos e sorri destravado.

É pequena para você quando só pensa em si mesma,
quando se comporta de uma maneira pouco gentil,
quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar
o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho,
o respeito, o zelo e, até mesmo, o amor.

Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida,
quando busca alternativas para o seu crescimento,
quando sonha junto com você. E pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende,
quando se coloca no lugar do outro,
quando age não de acordo com o que esperam dela,
mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por
comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas que se agigantam nas críticas e se encolhem quando estão diante dos olhos que sabem "seus segredos íntimos e suas atitudes covardes fruto de sua própria insegurança".
Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros,
mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão; e ao recolhê-la inesperadamente,
se torna mais uma.

O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande...é a sua sensibilidade, sem tamanho...
E ainda dizem que "interferência" é atrapalhar o caminhar do próximo. Na maioria das vezes é despertar a "coragem e a capacidade" nos covardes e incompetentes.

A esperança está na certeza que estes se rendem diante da própria imagem diante do espelho que se olham a cada dia mais infelizes.



- William Shakespeare

QUEM MORRE?







Morre lentamente

Quem não viaja,

Quem não lê,

Quem não ouve música,

Quem não encontra graça em si mesmo



Morre lentamente

Quem destrói seu amor próprio,

Quem não se deixa ajudar.



Morre lentamente

Quem se transforma em escravo do hábito

Repetindo todos os dias os mesmos trajeto,

Quem não muda de marca,

Não se arrisca a vestir uma nova cor ou

Não conversa com quem não conhece.



Morre lentamente

Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos

Olhos e os corações aos tropeços.



Morre lentamente

Quem não vira a mesa quando está infeliz

Com o seu trabalho, ou amor,

Quem não arrisca o certo pelo incerto

Para ir atrás de um sonho,

Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos...



Viva hoje !

Arrisque hoje !

Faça hoje !

Não se deixe morrer lentamente !

NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ






Martha Medeiros


quarta-feira, 11 de maio de 2011

APRENDI

Aprendi...

Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém.

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e Ter paciência, para que a vida faça o resto.

Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.

Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.

Eu aprendi...Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.

Que por mais que se corte uma pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.

Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência.

Mas, aprendi também que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.

Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.

Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sente.

Aprendi que perdoar exige muita prática.

Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.

Aprendi... Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.

Aprendi que posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.

Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.

Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, e que eu tenho que me acostumar com isso.

Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.

Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto;

Aprendi que numa briga preciso escolher de que lado eu estou, mesmo quando não quero me envolver.

Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.

Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.

Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.

Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.

E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.

Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.

Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.”







Charles Chaplin

ALMAS GÊMEAS


Antes que o tempo existisse, antes que o espaço fosse criado, tu e eu, já existíamos. Nascemos do amor eterno.  Antes mesmo que as estrelas rolassem nos abismos siderais, antes que o mistério surgisse do nada, antes que houvesse corações para serem povoados de devaneios, nós já éramos um só ser, a mesma essência, uma só vida!
Um só coração, o mesmo fluxo de vida, as mesmas batidas, sístoles e diástoles, um mesmo pulsar, o mesmo anseio, o mesmo sentir. Nossa respiração provinha do mesmo pulmão, o mesmo alento, uma sustentação para duas unidades fundidas sintetizadas pelo mesmo amor, eterno, imorredouro, fagulhas de vida nascidas juntas no mesmo instante no seio do Criador!
Eu nunca direi tu és minha, isto seria apequenar um sonho, mas sempre te direi: eu sou teu, eternamente unidos no mesmo ser. Nascemos juntos, uma chispa divina, de um sonho do Criador, por isso somos gerados do amor, e para este enlevo, foram criados mundos e sois, constelações e galáxias, ofertas do Infinito amor do Deus Altíssimo!
Podemos estar unidos ou separados, no mesmo lar celeste, ou em globos distantes em outras constelações, mas o laço de amor que nos une não pode ser rompido jamais, se o pudesse seria o fim da vida e a vida é indestrutível. O que nasceu do amor, nunca pode morrer, sempre estará eternamente no amor!
Longe ou distante, presente ou ausente, eu sempre estarei povoando tua alma de sonhos e esplendores, plantando jardins floridos no santuário no teu mundo interno, colorindo de cores tiradas das alvoradas e dos poentes, para encantar teu coração!
Tua dor sempre será minha dor! Tuas lágrimas também serão sentidas no âmago do meu ser!
Ainda que separados sempre estamos juntos, acalentados pelo mesmo anseio, e unidos percorremos as estradas do infinito, na tristeza ou no enlevo, na dor da solidão ou nos momentos festivos de alegria, ou nos instantes esmaecidos!
Nada desejamos porque tudo é nosso. Nossa existência é nossa riqueza, ainda que se nada tivéssemos o cosmos nos pertence!Num instante de imaginação tudo podemos, todo o universo passa a ser nosso, e podemos ter tudo que quisermos, mas nada desejamos porque tudo já nos foi dado por Deus, como herdeiros do Seu amor!
Ismael de Almeida.


 http://anjodeluz.ning.com/

QUAL A HORA CERTA DE ROMPER OU CONTINUAR UM RELACIONAMENTO?




Não é uma resposta fácil de obter em poucos minutos, isso porque a harmonia nos relacionamentos é algo que viemos aprender a conquistar; em outras palavras, é uma das nossas metas no que tange a missão de cada um nessa existência.


As coisas acontecem das mais diferentes formas entre as pessoas que se amam e se relacionam, mas quando surgem os conflito, é incrível notar que os problemas são sempre os mesmos: cobranças, desafetos, falta de paciência ou tolerância, mágoas, apego, ciúme, controle, egoísmo e por aí vai.


Daí a dificuldade de sabermos se quando uma crise vem é hora de abandonar ou não um relacionamento, porque essas emoções negativas estão sempre envolvidas, e sobre elas, a humanidade ainda não encontrou domínio.


Somos meros iniciantes na arte de conquistar harmonia sobre esses sentimentos tão comuns na vida de qualquer pessoa.


Em outras palavras, podemos ser comparados a crianças inocentes quando o assunto é dominar emoções inferiores.


E essa imaturidade é a causa principal do sofrimento que pode aflorar em qualquer relacionamento...


Independente disso, estamos vivendo, sentindo e mergulhando nas experiências promovidas pelos relacionamentos, o que os qualificam como grandes mestres de nossa evolução, porque sempre que olhamos para o passado, mesmo que encontremos sofrimento, dor, sempre notamos aprendizados na jornada de qualquer pessoa que se envolve em relações, e assim sempre será.


Mas como medir a qualidade de um relacionamento?


Como identificar de forma consciente se um relacionamento é nocivo ou saudável?


Como saber se o passo certo é apostar na relação, perdoar, tolerar, apoiar ou se é abandonar o barco?
Existe uma forma de enxergar tudo isso?


Não podemos dizer que exista uma fórmula mágica e infalível, o que seria um tanto quanto determinista, e quando o determinismo entra, a harmonia foge!


Entretanto existem muitos sinais que podem indicar que você deve praticar o perdão, tolerar e acreditar no relacionamento ou encerrá-lo o quanto antes.


É razoável pensar que duas pessoas só se unem com o propósito de se tornarem melhores juntas, dessa forma, essa união promove um crescimento, uma maior energia, e assim o sucesso acontece, em todos os sentidos.


Quando duas pessoas se aproximam, elas devem manter-se juntas sempre que a evolução for mantida e o amor, o respeito e a força de cada um separadamente, devem crescer!
Esse é um bom indício de que o relacionamento é saudável.


Você deve olhar para o seu relacionamento e se perguntar: Eu estou evoluindo junto com a outra pessoa?
A pessoa está evoluindo comigo?
Nós juntos somos mais fortes do que separados?
Quando estamos próximos, nossa energia positiva aumenta?
Nossa harmonia se fortalece?


Obviamente que se o seu relacionamento for saudável a resposta será SIM!


Mas quando nem um, nem outro crescem na relação, as cobranças surgem e o amor escapa, não há evolução, não há crescimento, portanto a intoxicação acontece.


Da intoxicação pode surgir a obsessão ou seu oposto, a repulsão.


Ambas são terríveis manifestações de desamor.


Quando a crise surge, é sempre importante acreditar na relação, principalmente quando ambos querem fazer o amor prevalecer e quando acreditam que podem mudar e recomeçar, e que isso sinceramente seja um empreendimento de cooperação mútua.


Caso contrário, desista e busque sua luz interior, agora sozinho(a).


Quando a crise vem pelas cobranças, olhe para você e atente para o fato de que o que você realmente quer não está na outra pessoa, mas dentro de você, portanto, não projete na pessoa aquilo que você gostaria que ela fosse para te agradar.


Se você ama uma pessoa simplesmente porque ela lhe faz coisas que você gosta e é isso que mantém o "amor", então, o relacionamento não deverá ser duradouro, porque seu amor é condicional e não incondicional.


No momento que a pessoa parar de fazer o que você gosta, você não terá forças para se reinventar e reconquistar o que você chama de amor.


Portanto, se assim for, você não ama de verdade a pessoa, porque você ama tudo aquilo que ela faz para você, dessa forma você ama a você mesmo, o que podemos chamar de egoísmo, que é a fórmula perfeita para destruir a harmonia de uma relação.


Então, o relacionamento deve acabar quando o amor for condicional a atos, porque dessa forma as cobranças surgem naturalmente metralhando toda harmonia que ainda reste.


Quando um sofre, está em desequilíbrio, em uma fase ruim, mas não quer a sua ajuda, então dê-lhe a liberdade que é pedida, esse é o momento certo de sair e continuar sua vida sem essa pessoa.


Se você fica, então, aceita a condição de não evoluir, isso é martirizar-se, é uma atitude tóxica para sua alma que almeja evolução.


Jamais se diminua para ser aceito(a).


Outra situação é quando a relação esfria, quando as duas pessoas se desmagnetizam, quando não há nem amor e nem ódio, nesse caso você deve "pular fora", porque assim você já será um(a) caminhante solitário(a) mesmo, então, formalize essa condição e recomece sua vida.


As respostas mais sensatas para a questão são:
-Você deve acreditar em um relacionamento sempre que continuar evoluindo nele.
-Você deverá sair de um relacionamento sempre que ele intoxicar a sua alma ou quando não lhe proporcionar crescimento algum.


Bom senso, amor, respeito e paciência são ingredientes básicos.


Mas, lembre-se, pessoa alguma poderá tampar um buraco emocional dentro da sua alma. Essa tarefa cabe apenas a você, e deve ser feita com muita busca consciencial.


Sempre que você quiser abastecer suas carências na outra pessoa estará condenado(a) a um relacionamento sem harmonia que não promoverá qualquer evolução para a sua alma.


Aposte em você, alimente seu espírito, sua força interior e sua auto-estima e dessa forma você terá grandes chances de ser muito feliz em um relacionamento.






por Bruno J. Gimenes
http://saintgermanchamavioleta.blogspot.com/2011/04/qual-e-hora-certa-de-romper-ou.html

PARTIDA MINHA

 

Deixo como testamento
A minha essência
Diluída no que fui para cada ser


Deixo minha vontade de querer mais e melhor
De tudo que sonhei
De tudo que concretizei
De tudo que compartilhei


Deixo como testamento minha gana de Puro Amor
Meu testemunho especial de sempre acreditar
Que tudo é possível
Que o amor existe
Que a magia espiritual aqui está


Que não achem meu corpo
Porque quando sentir ser minha hora
Farei como os elefantes
Que sabendo do momento da passagem
Desviam-se da manada
Para mergulhar na solitude
E se entregar de volta à plenitude


Neste momento único e singelo
Me entregarei à meditação
E me dissolverei na Real Essência


Serei eu, o próprio Absoluto
Nada de adorações ao corpo inerte
Nem choros desesperados pelo que não volta mais
Mesmo parecendo difícil sorriam por mim
Cantem e dancem felicitando meu divino retorno
Se contentem por minha passagem
De volta aos reinos mais belos e magníficos


Desejo que todos saibamos aceitar
E entender que morrer é renascer
Sendo assim um momento mágico
Em alegria por aquele que se elevou
Vibrem só pensamentos de luz e benção
Por quem fica, o bondoso desapego
Deixando quem necessita seguir
Para os céus da unicidade do Ser


Serei mais uma estrela no céu
Ou um beija-flor encantado
Ou um anjo manisfestado


Em tudo que há


Serei o que quiseres
Uma flor, uma árvore, um pouso seguro
Ou uma nuvem que vem e passa


Serei eu um sorriso de amor
Um anjo a te beijar silenciosamente
Que te visitará na brisa matutina


Sempre que fechares os olhos
Percebendo a ternura da saudade
Assim te mostrarei
Que estaremos sempre juntos
Saiba que neste especial instante
Na profundidade de tão belo
Sentimento de bem-querer


Serei eu, uma chispa de divina luz
A te abraçar carinhosamente
Acalentando teu coração
E te enchendo de pura devoção
Na força da benção imortal de eternamente Ser!


Eu sou o outro em você
Metade de mim estará sempre me ti
A outra metade também
E somos a completa existência
Todos um com todo o Universo

Feche teus olhos
E novamente seremos um
Em profundo amor sublime...


* * *

por  Átma
http://eternoimortal.blogspot.com/